31 de janeiro de 2011

Eu tô aqui!

Daí que pra ficar escrevendo post reclamão eu prefiro nem escrever, por isso que tô há dias sem postar nada!

Na verdade mesmo, verdade verdadeira, eu ando cansada, mesmo acordando tarde, mesmo diminuindo meu serviço e minhas tarefas eu ando me cansando muito fácil.
Muitas vezes ir buscar um copo d’água me cansa, e eu, bichinho preguiçoso e boa vida que sou, gosto mesmo é de sombra e água fresca, então, tenho feito o menor esforço por dia.
E pra ajudar a melhorar tem todo esse calor que me consome e me deixa extremamente irritada.
Eu, que antes era fresquinha como uma alface tenho me sentido um xuxu refogado de tanto calor que faz!

Estou terminando de arrumar as coisas da Yasmin, colocando ordem nas minhas coisas, e dando uma organizada nas coisas do marido também, e isso ocupa meu dia todo, quando vou ver o horário já é tarde e o pouco que fico na net, me dói as costas.

Tão vendo só que isso tá parecendo post de gente velha e reclamona?

Não tô reclamando da gravidez, longe de mim, mas essa espera, o peso, inchaço, o cansaço e todas as outras coisas consomem a gente, então, se não tenho nada pertinente pra postar prefiro ficar quieta a falar bobagem, a ficar reclamando e me lamentando!

Mas, amanhã eu volto, pq já tenho um post em mente, e não é post reclamão não, e não pensem que estou longe dos blogs, meu olhinhos passam por todos os blogs todos os dias.

Obrigada a todas pelo carinho – e pouco a pouco eu vou respondendo os comentários.

Super beijo

Com amour

Juu
.

27 de janeiro de 2011

10 coisas que NÃO se fala pra uma grávida

Daí que a Yasmin já tá quase nascendo neh?
E eu estava pensando hoje nas coisas que eu mais detestei ouvir enquanto serumano grávido, sabe aquelas coisinhas a gente revira os olhos e se controla pra não dar uma resposta mais sarcástica pras pessoas? Então, listei essas mesmas, e voi là.

Primeira:
– Nossa, você tá grávida?
Isso frente a frente com seu barrigão de oito meses.

Segunda:
- Foi planejado ou veio por acidente mesmo?
Essa é da sessão inconveniência ao quadrado né?

Terceira:
- Descansa agora, porque depois que nascer coitada de você!
Como ninguém soubesse como é trabalhoso ter um RN em casa!

Quarta:
- Quanto você já engordou?
Tão inconveniente quanto a segunda né, até pq ninguém pergunta peso no dia dia que já é chato, que dirá perguntar pra uma grávida o quanto ela engordou ... faça-me o favor!

Quinta:
- Noooooossa, você não inchou ainda, porque na minha gravidez, a essa altura...
Como se toda gravidez fosse igual, e como se todo organismo reagisse da mesma maneira as mesmas coisas!

Sexta:
- Agora sim você está com cara de mãe!
Essa pra mim é pros dias que eu tô toda mal-acabada, tem gente que acha que mãe tem que estar sem escova no cabelo, com as unhas mau feitas e por aí vai. Pode ser contraditório, mas só ouvi dessas quando estava num dia mais ou menos a mau arrumada.


Sétima:
- Bom mesmo é quando eles estão na nossa barriga, porque depois que saem ...
Essa me remete a sessão inconveniência ao quadrado novamente, todo mundo sabe que dá trabalho, todo mundo sabe que não é fácil, ninguém precisa colocando o terror, pra mim é como se profetizassem “seu filho vai ser um peste!”.

Oitava:
- Você é doida de escolher parto normal/ cesariana, porque ...
Essa é campeã, todo mundo se mete no tipo de parto que você terá, todo mundo quer palpitar dizendo trezentas e quarenta e duas coisas que no fim das contas não querem dizer nada.

Nona:
- E aí, saiu muita estria?
Pelamor vai, isso é pergunta que se faça pra uma criatura que tá fragilizada, redonda e na reta final pra ter o bebê nos braços?

Décima e a campeã de todas, a que mais me irrita:
- Noooooooossa, com esses peitões não vai faltar leite pra essa criança!
Como se tamanho de peito fosse referência pra produção de leite né?


E tem uma clássica que a Camila mamãe da Olívia lembrou que é matadora também e pode entrar como décima primeira e campeã:
- E o pai, está feliz?
Essa eu tenho que colocar como líder nas inconvenientes ao quadrado, é sem comentários mesmo!

Esse não é um post revoltadinho nem nada disso, é que fui lembrando e escrevendo, mas e com vocês meninas, tem alguma coisa que as irrite quando ouvem?
Tem alguma coisa a acrescentar ou fui exagerada ?

Super beijo pra todas

Obrigada pelo carinho no post anterior!

Juu e Yasmin
.

26 de janeiro de 2011

Últimas notícias - quentinhas!

Daí que minha médica é uma fofa, conheço gente que já teve bebê com ela e recomenda, mas ela é meio avoadinha sabe?
O que acontece?
Acontece que fui na minha consultinha mensal com ela e ela olhando os exames e a carteirinha, começou a fazer contas nos dedos e no papel, pediu um calendário e disse que de acordo com minha ultima USG a Yasmin não seria pra 23/02, seria pra 04/03, pq fevereiro tem 28 dias (?), que a diferença entre a DUM e a ultra é de 9 dias, o que é considerável segundo ela.

Tá, quase que eu surtei na hora neh ? Como asseeeeeem março ?
04 de março tá longe pra caramba., minha espera agora tá maior ainda!
Fiquei tão brava dela ter "errado" as contas que pulei em cima da mesa e usando um abridor de cartas obriguei ela a refazer as contas até dar 23/02 (mentirinha neh, até parece que eu, serumano calmo que sou ia fazer uma coisa dessas, na verdade fiquei quieta pq estava estarrecida!)

Novamente ela perguntou se eu já optei por algum tipo de parto, como andam minhas leituras ... minha resposta foi a mesma de antes, que tô tão indecisa como sempre fui.
Na verdade vou esperar, esperar o máximo que puder, aí se não tiver jeito marco cesárea.
Que por falar nisso, segundo ela posso marcar (caso opte por cesárea) a partir do dia 15/02 – que é quando entrarei segundo as contas dela na 38ª semana.

E como estamos com essa reviravolta toda ?

Eu to tranqüila, já esperei tanto que esperar mais um mês não vai me matar, mas meus pais, meu marido e minha irmã estão em cólicas, doidinhos, ensandecidos!

Segundo meu pai eu deveria marcar essa cesárea pro dia 16/02 ou dia 15/02 a tarde mesmo, pela minha irmã marco até antes dessa data, minha mãe é a mais sensata e diz que devemos marcar a cesárea quanto mais pra frente, e o Pablo?
De cinco em cinco minutos ele pergunta se eu já escolhi a data!
Deixando claro que ele sempre diz que independente do parto ele quer que dê tudo certo, e como o corpo é meu quem faz a escolha sou eu, ele só acha legal o fato da cesárea ser programa (vai ficar mais ansioso né?)

Fiz as contas certinhas, olhei no calendário e se for marcar a cesárea pra algum dia, marcarei pra 24 de fevereiro, mas não é nada definido ainda, pq eu gostaria que fosse PN pra não ter que levar pontos, passar pela burocracia de uma cirurgia.

E no fim das contas eu notei que não só da parte dos médicos, mas dos familiares num geral há pressão pra se optar por uma cesárea sim, e chega um hora que a gente fica com o saco cheio de explicar os benefícios do PN e acaba ouvindo tudo quieta, sem argumentar.

Mais uma coisa, tô anêmica!

Meu exame de sangue deu que tô com anemia, resultado , comprimidinhos de sulfato ferroso todo dia antes do almoço.

Aqui quero deixar uma informação importante pra quem precisar tomar sulfato ferroso ou até aumentar a ingestão de ferro.

O sulfato ferroso deve ser tomado antes do almoço, preferencialmente acompanhado por algum suco cítrico que contenha vitamina C (laranja, limão ...), pq ela potencializa a absorção dos nutrientes.
A vitamina C é volátil, portanto, o suco deve ser fresco e preparado no máximo quinze minutos antes pra que ela permaneça ali.
Em hipótese nenhuma deve ser tomado acompanhado de leite ou qualquer coisa que tenha cálcio, pois o cálcio impede a absorção de ferro.
Se for ingerir qualquer derivado de leite, que seja no máximo duas horas antes ou duas horas depois de tomar o bendito sulfato ferroso, senão não tem o efeito desejado.
Tô dizendo isso, pq acho importante, e informação nunca é demais né?

É isso gente, tô anêmica, e minha DPP mudou de data e até de mês, heheh, mas torçam por nós pra que a Yasmin nasça de PN!

Por acaso florzinhas, isso já aconteceu com alguém?
Não tô aflita, mas gosto quando sei que não sou a única que passou por tal situação!

Super beijo pra todas e mais tarde eu respondo os comentários anteriores - pq tô com uma dor no ciático que é do outro mundo

Juu e Yasmin
+
.

25 de janeiro de 2011

Falando de privacidade - post testamento!

Daí que hoje quero falar sobre privacidade, o que com o advento da internet nós temos cada vez menos, mas por opção própria!
A internet é assim, repercute as coisas na velocidade da luz, e na maioria das vezes nós não temos noção do impacto que isso causa nos outros.
Gosto muito desse espaço, é meu espaço, onde eu tenho liberdade pra falar sobre o que quero, sendo bem déspota mesmo, aqui eu não sou democrática, se bem que uso o bom sendo pra não chatear ninguém, e acredito que todos os blogs são assim, no nosso espaço a gente fala o que bem entende, a hora que quiser. Contanto que isso não prejudique e magoe ninguém, não vejo problema algum.
Eu já tive outro blog antes, em outra fase da vida, e quis começar esse pq estava em outra fase, achei que poderia me dar o direito de ter um diário novo e assim fiz.
Primeiramente surgiu com o intuito de somente registrar os fatos que antecederiam minha gravidez – pq eu achava que ia demorar pra engravidar, isso se engravidasse - mas ai veio a notícia repentinamente e o blog acabou virando um diário sobre minha gestação.
Aqui eu conheci pessoas maravilhosas, pessoas que sei que querem o nosso bem e torcem pela nossa felicidade, porém, quando olho as estatísticas do blog fico um pouco assustada.
Não pensei que teria tanta gente lendo ou passando por aqui, de maio pra cá já foram mais de 21 mil acessos, e poucos comentários.
Não tô chorando por comentários, mas gosto de saber quem passa por aqui, quem acompanha, a quem eu posso humildemente ajudar, enfim, a verdade é que na internet a gente perde totalmente o controle das coisas.
Por um lado se eu quisesse privacidade das duas uma, ou que nem tivesse criado um blog, ou que privatizasse, porém, me nego a privatizar, prefiro deletar minha conta do que privatizar, não gosto de me sentir intimidada, e privatizar pra mim é isso, é se tornar refém das próprias idéias, das próprias palavras em um mundo onde somos livres – mas respeito plenamente quem faz isso, afinal, cada um sabe muito bem onde o sapato aperta.

Aqui, querendo ou não acabo me expondo, mesmo que seja minimamente, mas não me exponho sozinha né?
Exponho meu marido, minha gravidez, minha família dum modo geral, e se por um lado eu não tô nem aí pra essa exposição toda, Pablo não gosta.
Ele lê o blog sempre (beijo amor!), e jamais me criticou por ter dito qualquer coisa que seja, mas sei que ele é reservado e não gosta de exposição de nenhum tipo.
Por um tempo não tivemos orkut e nossa vida era melhor ainda, voltamos com o orkut em conjunto e embora não nos abalemos por pouco, sabemos que algumas pessoas literalmente vigiam nossa vida por ali (mesmo álbuns e scraps sendo trancafiados a sete chaves) e agora pelo blog.

Não, não temos inimigos, mas existem pessoas da minha família que não querem nosso bem, que acompanham nossa vida por lá e por aqui pra saber se estamos bem, se brigamos (que é coisa raríssima, e quando acontece, cinco minutos depois vem um pedido de desculpa) , enfim, pra saber se nossa vida foi pra frente ou está indo pra trás!
Que vem até aqui no blog, pra saber se as coisas da Yasmin são boas ou ruins, se ela tem tudo ou faltam coisas ainda, pra saber quantos quilos engordei, se tô cheia de estrias, essas coisas de gente mesquinha sabe?

Isso na minha família tem mesmo e declaradamente, gente invejosa, com energia negativa (eu posso não crer em Deus, mas acredito no poder do pensamento, afinal, pensamento gera uma carga de energia, e isso é cientificamente comprovado, e na ciência eu acredito), agora, o que me garante que desse tantão de gente que passa aqui só tem gente bem intencionada?
Que mesmo sem me conhecer pode desejar coisas ruins – não digo diretamente do tipo “ai, tomara que o parto dela seja dificílimo e ela morra” (momento exagero), mas alguma mamãe ressentida por ter perdido um bebe recentemente e se pergunte a todo momento “porque ela pode e eu não pude?” e digo isso pq eu já tive esse sentimento - mesmo não me orgulhando nem um pouco - coisas assim, que geram uma energia carregada e que refletirá no plano físico de alguma maneira.

Aí você se pergunta, aonde ela quer chegar ?

Concluindo, eu adoro meu espaço, gosto realmente de todas as garotas daqui, e muitas vezes gostaria de estar perto pra dar um super abraço, mas sei que o mundo não é feito apenas de nuvens azuis, balões de coração cor de rosa e margaridas, portanto, no que puder me privar eu me privarei.
Já não era de postar fotos minhas mostrando meu dia dia, mostrando minha barriga, mostrando as coisas da Yasmin (mas farei um post mostrando o que mais gosto no enxoval dela), mas decidi que não abrirei as portas da minha casa e tornarei pública a nossa intimidade, não vou mostrar o espaço da Yasmin ou o nosso dia dia.
Quando ela nascer mostrarei fotos pra vocês sim, até pq acredito que seria uma super grosseria com muitas meninas não mostrar, mas não farei do blog um álbum de fotos.
Vou nos expor o menos possível.

Tomei essa decisão, porque eu decidi me expor quando criei o blog, mas não perguntei pro Pablo o que ele achava, e a coitadinha da Yasmin não pôde nem opinar se queria ser participante ou não dessa história que muitas acompanham.

É isso meninas, pra algumas pode ser uma tempestade num copo d’água, outras podem entender, mas continuarei com o mesmo posicionamento que sempre tive, usando imagens aleatórias pra ilustrar meus posts,e quando a Yasmin nascer, colocarei fotos sim, mas o menor tanto possível!
O blog não será privado, mas nossas fotos sim, e quem quiser ver que me peça que se eu conhecer mando por email sem problema nenhum, pelo menos assim eu tenho o controle de quem vê.

Espero que entendam o que estou dizendo, porque realmente gosto de vocês e acho que devia uma satisfação quando me cobravam fotos da pança, fotos do quarto, mais fotos nossas, mas a verdade é que não me sentia e não me sinto a vontade me abrindo dessa maneira.

Não sou fake, sou super real, mas acho que em dias como os de hoje, onde a gente não sabe verdadeiramente quem é joio e quem é trigo, todo cuidado é pouco.

Ahh, não tô duvidando do caráter de ninguém, longe de mim isso, mas quem ama cuida, e eu quero cuidar o máximo que puder!

Super beijo e bom finalzinho de terça pra todos

Juu

.

24 de janeiro de 2011

Nossa história de amor - parte final (ufa!)


Capítulo 7 – Férias e uma grande surpresa

Daí que meu pai gostou do Pablo e o Pablo gostou do meu pai.
As viagens continuaram as mesmas, ia sempre pra Petrópolis, agora meu pai olhava menos torto quando eu dizia que ia.
E assim fomos até agosto, que seriam as férias do Pablo e ele as passaria aqui em São José comigo.
Nosso plano inicial era simples, ele ficaria em um hotel, afinal não sabia se meus pais deixariam meu namorado acampar em casa por um mês.
Fizemos a cotação de preço nos hotéis aqui em São José e como era de se esperar um mês de hospedagem não sairia barato, a brincadeira passou a casa dos três mil reais, e aí, como pra todo mortal trabalhador, ficaria inviável, até que Pablo teve a idéia de falar com a minha mãe se poderia ficar aqui, explicando o porque de não se hospedar em um hotel.
Meus pais autorizaram, ele poderia ficar em casa o período todo das férias.
O bom disso é que meu pai e ele aprenderiam a conviver um com o outro e os homens da minha vida teriam uma super chance de se tornarem amigos.
Pablo veio e ficou conosco as férias todas, meus pais e ele se deram perfeitamente bem, meu pai e ele principalmente, conversavam como se fossem amigos de longa data.
Essa vida de ida e vinda estava nos comendo por uma perna, a brincadeira estava saindo cara demais e Pablo disse que se conseguisse um emprego por aqui sairia de onde estava e viria pra cá pra ficar comigo (ooowwwwn que fofo!), e dois dias antes de ir embora meu pai disse ao Pablo que se ele tomasse essa decisão poderia morar aqui conosco até as coisas se encaixarem no lugar.
Tá, essa do meu pai quase me matou do coração, nem eu acreditei no que meus ouvidos estavam ouvindo.



Capítulo 8 – Pedido de demissão

As férias acabaram, e com o fim delas, Pablo teria que ir embora.
Novamente aquela mesma tristeza, e antes dele ir eu já chorava, fui com ele até Petrópolis fiquei alguns dias lá e voltei sozinha, fazer o que né ?

Porém, alguns dias depois Pablo simplesmente me comunicou que havia feito um acordo pra sair da empresa, e só estava cumprindo o aviso, sim ele viria pra cá o quanto antes.
Avisei meus pais que ele tinha feito isso, e que quando o aviso terminasse ele viria pra cá.
E assim foi, em um certo dia de outubro (que eu não me lembro o dia exato) ele veio pra cá.
Tudo que ele tinha estava dentro do carro.
Não era muita coisa, mas Pablo deixou uma vida pra trás por mim.
Deixou a família (pai, mãe e dois irmãos), emprego estável, amigos e tudo mais pra vir pra cá ficar comigo!

Tem como não amar com todo o coração uma pessoa que mostra que te ama dessa maneira, trocando toda a vida pra ficar apenas com você, em uma cidade estranha, em uma casa de pessoas que ele não conhece direito?
Pra mim foi impossível não amá-lo mais ainda!


Capítulo 9 – O pedido de casamento

Daí que casar sempre esteve nos nossos planos, e queríamos muito estar casados – pra coisa ficar feita da maneira certa sabe?
Não sou contra quem mora junto, mas acho legal fazer a coisa da maneira certa, papel não segura ninguém, afinal é só papel, mas era um desejo nosso.
Casar na igreja nunca esteve nos meus planos, afinal de contas, pq uma pessoa que não acredita em nada superior se casaria na igreja? Meio sem lógica né ?
Pablo por sua vez nunca fez questão também, e se fez, nunca me disse!
Mas antes de haver um casamento, deve haver um pedido, e eu sempre deixei claro pra ele que queria um pedido simples, que fosse um momento só nosso, em que eu fosse pega de surpresa.
Nada de anel de noivado dentro do docinho ou do champagne (imagina só eu mordendo o docinho e quebrando justo o dente da frente ? ou melhor ainda, engolindo o anel ao tomar o champagne igualzinha a Chelsea do Two and a half men?), eu queria apenas ser pedida em casamento de modo gentil e que esse pedido ficasse guardado dentro do meu coração pra sempre, e assim foi.

Eu sempre gostei das coisas bonitinhas, e sexta feira era o dia de fazer uma sessão cinema pra nós dois, que eu chamo de “sexta do cinema”.
Sempre foi um momento muito gostoso pra nós dois, ficávamos a semana toda escolhendo o filme que assistiríamos e na sexta arrumávamos o quarto com edredon em cima da cama, muita coca cola, baldes de pipoca e docinhos pra ver o filme.
Geralmente o escolhido era algum filme de muito terror, sanguinário, ou uma comédia estilo American Pie, mas naquele dia o escolhido foi “Antes que termine o dia”.
Eu, boca aberta que sou já estava chorando no final do filme quando vi que ele trocaria de lugar com ela, chorava parecendo uma maluca, e tremendo de tanto que chorava fui encher meu copo com mais coca cola quando ele soltou timidamente a frase “Ju, você quer casar comigo?”.
Quase derrubei toda coca cola em cima da cama, aí sim eu tremia de chorar, parecia que tinha Parkinson, e lógico que aceitei!
Foi simples, não teve ostentação nenhuma, mas foi exatamente como eu queria, em um momento extremo de ternura.

Capítulo 10 – O casamento

Depois disso foi tudo muito rápido.
No dia seguinte Pablo falou com meu pai que tinha me pedido em casamento, que eu aceitei e que nós iríamos mais tarde no cartório marcar a data.
Almoçamos e fomos lá, levamos minha irmã (que é nosso chaveirinho, vai pra todo lado com a gente) e enfim marcamos a data pra 13 de dezembro de 2008.
Me recordo que ainda era outubro, e que eu tinha pouco mais de um mês pra organizar o que queria.
Embora fosse somente no civil eu quis sim estar com um vestido legal,e um sapato que fosse puro luuusho.
Me enfiei numa dieta ferrenha, e na véspera da última prova do vestido comi uma pizza inteira praticamente!
Como comemoração teríamos um almoço e um jantar, almoço pra família e amigos e o jantar só pra nós, meus pais e os padrinhos .
Pro jantar eu decidi que não teria nada de especial, afinal, iríamos pra uma pizzaria, mas pro almoço que seria em um restaurante bem legal ofereci trufas de nozes como lembrancinha pra todos os convidados, e quis um bolo de noiva!
Como sou fascinada por rosa, meu bolo era branquinho com bolinhas cor de rosa e um arranjo de flores por cima, e totalmente de chocolate por dentro (já disse que eu só como bolo de chocolate?).

No grande dia (pra nós), fazia um calor de matar qualquer um, eu derretia dentro do meu vestidinho de tafetá lilás (no fim das contas estava me sentindo um bombom sonho de valsa derretendo), acordei cedo, me arrumei e fomos juntos, no mesmo carro.

Meus padrinhos foram meus tios, e os dele um casal de amigos meu – minha melhor amiga e o namorado dela.

Meus pais, INFELIZMENTE não puderam ir no cartório, pq uma f!@#$%¨& de lá mesmo do cartório disse que só poderiam estar presentes os padrinhos, o casal e o fotógrafo, que o espaço era pequeno (e isso era mesmo) e que não poderia ir mais gente que isso, e que se caso fosse, iriam passar vergonha, pq além de não poder entrar seriam exortados.
E infelizmente eles não foram ao cartório conosco, mas estão presentes em todos os nossos momentos e eu agradeço muito por isso.
Ninguém da família dele compareceu, mas isso não fez com que o dia pra nós fosse triste, paciência né ?

Foi um dia feliz, repleto de alegrias, estávamos cercados somente de pessoas que realmente queriam nosso bem, e no fim da noite totalmente felizes por agora além de casados termos feito a coisa de modo certo.

E como dizem, eles foram felizes para sempre!

“Nos casamos com apenas 9 meses de namoro, e eu não me arrependo.
Aliás, a única coisa que me arrependo foi ter mentido e magoado meus pais, se pudesse voltar atrás faria somente isso de modo diferente, nada mais.”

E se você chegou até aqui, no final dessa quase odisséia, parabéns!

Super beijo e boa semana

Juu

.

21 de janeiro de 2011

Nossa história de amor - parte 3

Capítulo 4 – Nada é ruim de um todo!

Daí que continuei a viagem, sem ao menos me tocar que eu esqueci meu dinheiro lá na bomboniere.
Cheguei no Rio, e vi uma parte da cidade que não gostei, a TV só mostra os pontos turísticos, mas a cidade na realidade não é tão maravilhosa (me perdoem os cariocas), vi uma parte cinza e fedida que ninguém mostra (fedida sim, desde cheiro de enxofre até cheiro de podridão), mas continuo respeitando a beleza das praias e os pontos legais, mas voltando...
Aí o ônibus parou na rodoviária, peguei minha malinha de mão (sim, pq era uma malinha de mão onde estavam minhas coisas, com pouco mais de 30 cm, seria uma necessarie ?) minha bolsa, cabelos ao vento da noite e lá ia eu em cima do salto toda confiante pra Petrópolis.

Depois de dois minutos de informação cheguei no guichê que me despacharia pra Petrópolis, e fui ver que eu estava praticamente zerada na hora de pagar a passagem.
A passagem me custou 14 dinheiros e sabem quanto eu tinha ? 16 dinheiros! 16...
Comprei a passagem mas quando vi que tinha dois reais só pra voltar pra casa fiquei verde, pensei que fosse passar mau.
Mas como sou uma pessoa calma e entrar em pânico não iria adiantar, fui pro portão de embarque e comecei a revirar desesperadamente a bolsa, a mala, até o fundo da calcinha atrás do meu dinheiro e lógico que não achei né?

O ônibus chegou e eu embarquei, do Rio até Petrópolis seriam no máximo quarenta minutos, estourando uma hora de viagem!
Se antes eu estava eufórica por ver o Pablo, a subida da serra fez as vezes da minha consciência, aonde eu tava com a cabeça de fazer uma loucura daquelas, se meu pai descobrisse que eu menti (pq o problema maior era a mentira) eu tava lavada, passada e guardada na gaveta!
Como que eu ia embora pra casa ?
Segunda feira eu tinha que trabalhar ou seja, domingo a noite eu tinha que estar em casa – bateu o desespero!
Como que eu voltaria pra casa com dois reais ?

Como eu era gastadora compulsiva com TO-DO tipo de futilidade, pra me controlar deixei o cartão de crédito em casa ou seja, eu estava lisa mesmo!

Mas eu cheguei em Petrópolis, e lá estava o Pablo me esperando em frente a Casa do Alemão, pq eu não desci na rodoviária, desci lá que ficava mais perto!

O amor é coisa de louco mesmo né!
Eu estava sem dinheiro nenhum no bolso, pobre de tudo, com medo de tudo e principalmente do meu pai, numa cidade estranha, mas foi ver o Pablo que toooooodo aquele desespero e preocupação passaram!
Passou como mágica, nem me lembrei da minha situação, fiquei imensamente feliz em estar ali com ele.

Depois de beijos e abraços dei os bombons pra ele e contei que aconteceu.
Na hora ele ficou pasmo, depois deu risada!
Aquilo me enfureceu, eu no maior desespero do universo e ele rindo.
Falei que ele não estava entendendo a dimensão da situação, eu não tinha nem onde ficar, que dirá como voltar pra casa.
Ele explicou que estava rindo não da minha desgraça, mas por eu achar que estava sozinha, “você é minha mulher, acha que eu ia deixar vc no relento?”.
Fomos pra um hotel, tomei um banho, comemos um Mac Donald’s (pq era disso que vivíamos) e no dia seguinte fizemos um super tour por Petrópolis.
Fui no Museu Imperial, na Rua Teresa e todos esses lugares que os turistas precisam de vários dias pra conhecer, fui em todos, ele me mostrou a cidade toda em apenas um dia!
Parecia coisa de filme, só não teve balão de gás hélio, mas a felicidade podia ser comparada a cena de filme.
No fim do dia meus pés pareciam não fazer parte do meu corpo, lembram que eu disse que levei uma sandália fora a que eu estava usando ?
Então, a sandália também era de salto, e eu andei de salto, saltão, pra cima e pra baixo o dia todo, e no fim do dia meus pés doíam tanto que nem dava pra senti-los.

Liguei em casa pra saber como as coisas estavam (filha responsável né?) mas ninguém atendeu, liguei na vizinha e deixei recado que eu estava bem, mas que queria ter falado com alguém de casa, e que domingo a noite já estaria de volta!
Liguei pras minhas comparsas e tudo certo, meus pais nem sonhavam que eu estava a quilômetros e quilômetros de distância!

Pausa:

Sim, eu tive peso na consciência de mentir em algo tão grande assim, mas já estava lá né ...

Despausa.

Domingo de páscoa chegou, e junto com o domingo de páscoa a certeza que eu teria que ir embora, a sensação de vazio novamente, e o dia realmente ficou cinza.
Dei um beijo de bom dia, desejei feliz páscoa pra ele, e a mesma tristeza que me invadia o invadiu, os dois ficaram tristes por eu ter que vir embora.
Pra me alegrar um pouco (pq era impossível eu ficar totalmente feliz) saímos pra tomar café da manhã, e no meio do caminho encontramos uma loja de departamentos aberta, ele me comprou um ovão de páscoa – um diamante negro daquele gigante – e um chinelinho de pelúcia de coelhinho – que eu tenho até hoje – pra usar durante a viagem pra não cansar os pés!
Só um detalhe antes que eu esqueça, quem comeu o ovo de páscoa praticamente todo foi meu pai, mauuuuuu sabendo que foi o Pablo que meu deu!

O dia passou rápido, e chegou a hora de ir.
Compramos passagem, arrumamos minha malinha e vir embora doeu!
Boca aberta que sou chorei litros, Pablo chorou também, mas disse que em breve estaríamos juntos novamente, se aquilo me consolou?
Nem um pouco, chorei até no Rio!
A senhora que estava ao meu lado no ônibus perguntou se eu estava passando mau de tanto que chorava, sentiu até pena de mim, e disse que se eu continuasse a chorar daquele jeito iria desidratar!

Cheguei em São José e tudo certo, só a tristeza de ter vindo embora mesmo!
Tudo quieto e normal, a vida voltava ao normal.

Capítulo 5 – Papai descobriu e conseqüências da mentira

Depois disso, Pablo veio pra cá, eu fui pra lá novamente no mesmo esquema de mentiras – mas não perdi mais dinheiro (só a carteira cheinha de documentos na mesma bomboniere – mas isso foi mais pra frente).
Não havia motivo pra esconder que eu estava namorando, era adulta (ôooo) e vacinada, mas nunca gostei de desapontar meu pai (embora tenha feito isso algumas vezes), e meu pa não aprovava aquilo, namoro de internet pra ele NUNCA ia dar certo.
Porém, meus pais descobriram que eu tinha ido pra lá, descobriram na cagada mesmo,mas descobriram, não por amigas, não por ninguém, por erro meu mesmo, e descobriram bem quando eu voltei da ultima vez que fui na base de mentira!
Ouvi tanto, meus pais e eu discutimos feio – e eu devia era ter fechado minha boca grande, mas não, bati de frente com eles, pior coisa que poderia ter feito – fim da história, eu magoada, meus pais idem, e o clima em casa pesou – meu pai NUNCA admitu mentiras - e eu pisei na bola feio, mas se tivesse dito a verdade não teria ido – explica, mas não justifica eu ter feito as coisas do jeito que fiz né?!

Eles estavam desapontados comigo, verdadeiramente desapontados, refeições em casa – principalmente o jantar - sempre foram o ponto alto do dia, falávamos sobre o que aconteceu durante o dia, conversávamos sobre diversas coisas, e você só se senta à mesa com pessoas que ama, que quer bem e partilham da mesma felicidade que você, e ninguém estava feliz com os acontecimentos dos últimos dias.
No dia seguinte (pq no dia nem clima pra janta teve) fui me sentar a mesa para jantar, meu pai levantou e saiu, minha mãe o seguiu, e a Laís ficou perdida, mas foi pra sala com eles.
Fiquei sozinha, sabendo que tinha feito bobagem, que magoei as pessoas mais importantes da minha vida, e que a confiança iria demorar pra voltar.
Depois desse dia, esperava todos jantarem e depois jantava sozinha, isso quando não levava meu prato pro quarto e mau tocava na comida – e quem me conhece sabe como eu tenho pânico de ficar sozinha, de comer sem ninguém perto.
Em casa minha única companhia era a Marie, quando estava lá, ela ficava comigo o tempo todo, e eu desatava chorar, queria desfazer a mágoa que tinha causado, mas sabia que isso só o tempo mesmo, e ela ficava quietinha me olhando, deitadinha no meu colo.
Dias difíceis aqueles e aqui eu digo, não tem amigo, namorado, nada que supra a falta que um abraço de mãe, um cafuné do pai e até a matraca da minha irmã na orelha falando bobagens.

Pablo soube de tudo que estava acontecendo, e todos os dias me ouvia chorando no telefone, mas por enquanto não podia fazer nada, não tinha como vir pra cá, a escala de serviço dava uma folga por semana só.
E assim os dias se seguiram.

Certo dia, meu pai disse que eu estava namorando um moleque, e que com o passar do tempo eu veria isso, pq nem consideração de vir saber o que estava acontecendo comigo ele teve.

Dessa vez não enfrentei, eu sabia da situação, falar não adiantaria de nada, e sabia que colocar Pablo e meu pai pra conversarem sobre qualquer coisa que fosse não iria dar certo, Pablo esquentadinho e meu pai explosivo seriam uma combinação bombástica.
Baixei minha cabeça, engoli as palavras que subiam e pronto, melhor assim!

Se eu continuava a gostar do Pablo?
Infinitamente, perdidamente e todos os “ente” que poderiam seguir, e eu não iria abrir mão dele ou do amor da minha família por um ou outro.
Respeito pra mim nunca foi sinônimo de medo, e se era pra fazer a coisa certa, eu ia tentar começar a partir daquele momento.

É estranho fazer as pessoas tentarem entender, mas Pablo e eu sabíamos os laços que nos ligavam, que nosso amor era incondicional e que ficaríamos juntos, então, embora o mundo todo (mentira, só minha família!) estivesse bravo com a gente, no fim tudo ia dar certo ... como deu!

Meu pai queria que eu desse satisfações de onde iria, com quem iria e a que horas voltaria, sempre foi assim, e teria que voltar a ser.
Eu estava de saco cheio de ter mentido, e não gosto das coisas erradas, então se era pra dar satisfações eu iria dar, mesmo que doesse no calo de alguém – no caso meus pais!

Meu aniversário é dia 19 de maio, e pro meu aniversário eu sabia que ele viria, mas era abril ainda, e a situação desse jeito todo, ele sabia que eu me sentia mau, que eu só chorava e que eu já tinha perdido até peso por tanta tristeza e perguntou se eu queria ir pra lá no fim de semana, eu ficaria no hotel, passearia durante o dia, tiraria fotos da natureza que é algo que amo,e de noite pra suprir a tristeza ficaríamos juntos.
O namoro consumia todo meu dinheiro, eram minhas contas que eu já tinha, crédito pra celular, que por semana eram em torno de 150 dinheiros, eram as passagens pra ir visita-lo, enfim, meu saldo estava negativo e eu disse pra ele que não poderia ir, pq estava realmente no vermelho.
A partir desse dia, semana sim semana não ele me mandava dinheiro e eu ia pra lá na sexta e voltava no domingo.
Dessa vez, sem mentir, eu disse aos meus pais que ele não poderia vir antes do meu aniversário (pq a escala eram dois dias no período da manhã, dois dias no período da tarde, e dois dias no período da noite, folgando um dia) e que ele tinha me mandado dinheiro e eu iria pra lá semana sim, semana não.

Se eles gostaram? Nem um pouco, mas eu fui mesmo assim, pelo menos tinha meus momentos alegres e de distração, a cada duas semanas, e eles sabiam onde eu estava.
Deixei com eles o endereço da casa do Pablo, telefone da casa dele caso quisessem falar qualquer coisa com meus sogros, celular, telefone do hotel, eu estava localizada, só faltava o chip, e assim foi.

A cada volta era a mesma tristeza e mesma choradeira de sempre, mas pouco a pouco as coisas em casa foram se ajeitando.

Certa noite todos foram jantar, e como de costume eu estava no meu quarto e lá fiquei, azul de fome, esperando todo mundo jantar pra poder ir depois (naquele dia o prato era lasanha da minha mãe, e eu adoro!), estava sentada na cama lendo e atenta aos pratos, quando o terceiro prato fosse colocado na pia e a terceira cadeira encostasse a mesa era minha hora, eu ia pra cozinha, fazia meu prato, comia, arrumava a cozinha e ia pro quarto de novo.
Estava lendo Através do Espelhodo Jostein Gaarder (por sinal um dos melhores livros que já li) quando minha mãe entrou no quarto e me chamou pra ir jantar com eles.
Fiquei apreensiva e disse que estava sem fome (mentiiiiira, pq eu estava azulando de fome), não tinha mais vontade de brigar com meu pai caso a intenção dele fosse me chamar atenção, não queria mais ouvir coisas que me magoassem, preferia mesmo era ficar na minha bolha e ir comer sozinha depois, por pior que fosse.
Acho que minha mãe percebeu meu receio e disse pra eu ir, ninguém iria brigar comigo, era só pra não comer sozinha.
Marquei a página, fechei o livro e fui.
Meu pai me olhou com o olhar duro que ele tem, não desaprovava eu estar ali, mas também não estava feliz e o pior castigo que eu poderia ter era o olhar de reprovação.
Os três conversaram sobre as mais variadas coisas, e eu permaneci muda, sabe quando você está em um lugar mas sabe que não deveria estar por não ser bem vinda?
Era assim que eu me sentia.
A comida descia como se fosse pedra, eu não me sentia bem ali sabendo que meu pai estava chateado, mas com o passar dos dias isso foi se amenizando, e embora não conversássemos a comida já não descia tão quadrada, mas eu permanecia quieta.
Não conversava com ninguém, só falava o que me perguntavam, assim não corria o risco de me estrepar com as palavras e falar mais do que devia.

E como já dito, semana sim, semana não eu deixava os mesmos dados presos na geladeira, arrumava minha mala de rodinhas (que agora sim era uma mala a minha altura, com muita variedade de roupas), avisava que iria, quando voltava e ia.
Ninguém se opunha, e os dias se seguiam assim.


Capítulo 6 – Meu aniversário e as partes se conhecem


Os dias se sucediam assim, meu aniversário estava chegando e com ele eu sabia que o Pablo viria me ver.
As vezes meu pai soltava alguma alfinetada que me magoava e eu ia chorar minhas pitangas com a minha vó – mãe do meu pai – que sempre dizia que uma hora tudo ia dar certo, era apenas uma questão de tempo.
Minha avó me ouviu muito, não me fazia perguntas, e dizia que não via o porque de tanto estardalhaço por parte do meu pai, mas que não podia intervir, poderia somente me ouvir, com sempre fez.

Finalmente meu aniversário chegou, Pablo me mandou mensagem logo que o dia raiou dizendo que estava vindo me ver.
Em casa ganhei os parabéns da minha irmã e da minha mãe, mas não avisei que Pablo viria, não queria causar furdunço, trabalhei, arrumei a casa como sempre – mas nesse dia o coração pulsava na goela – e quando tudo estava pronto, Pablo me ligou dizendo que havia chego na cidade.
Falei pra minha mãe que tudo estava pronto e que eu precisava sair pra resolver algumas coisas,e assim foi.
Me arrumei e fui encontrá-lo.
Já de noitinha, liguei em casa, meu pai atendeu, pedi pra falar com a minha mãe, e avisei á ela que o Pablo estava na cidade, que veio por causa do meu aniversário e que eu passaria a noite no hotel com ele.
Pensei que ela iria apenas concordar, mas pediu pra falar com ele.
Conversaram um pouquinho, eu sem entender nada pensando que mais desgraça vinha por ai, e quando ele desligou disse que minha mãe tinha feito o convite pra ele ir em casa no dia seguinte.

No dia seguinte aparecemos em casa lá pelas 19:00, minha mãe até bolo tinha feito pra servir, e já pensava que nós não iríamos mais.
Estávamos em casa só meus pais e nós, e pensei “agora é que são elas”.
Um se apresentou pro outro, Pablo disse que sim, tínhamos feito a coisa toda as avessas mas que ele gostava de mim, e que a partir dali faríamos tudo do modo correto, depois conversaram sobre trabalho, sobre infinitas banalidades, e assim foi por um bom tempinho.
Eu?
Eu só assistia, louca de vontade de dar risada (pq eu estava nervosa e quando fico nervosa a beira de um ataque de nervos me dá crise de riso, vai que um deles soltasse uma alfinetada?).
Pablo estava suando em bicas, hahahaha, era maio, o dia estava friozinho e escuro e ele suava tanto que dava pra ver, as mãos pingavam !
Minha mãe pra descontrair disse que ninguém ali mordia, ele deu um sorriso amarelo e depois de duas horas de conversa fomos pro cinema, no meio do caminho ele disse que não foi tão ruim como imaginava, e depois eu soube pela minha mãe que meu pai gostou do rapaz, que tinha o aperto de mão firme e que olhava nos olhos enquanto falava, e que meu pai gostava disso.

Continua ...

Quase terminando

Beijos

Juu
.

20 de janeiro de 2011

Nossa história de amor - parte 2

Capítulo 3 – Primeiro encontro

Daí que um belo dia ... sua mãe chegou do serviço super cansada, jogou o celular em cima da cama (pq ele vivia na mão já que trocávamos mensagens o dia todo – sem exagero),pegou a toalha e foi pro banho.
Quando voltou, tinham algumas ligações não atendidas no display, e chata do jeito que sempre foi pensou “não conheço o número, se for importante, vai retornar”.
Joguei o celular em cima da cama novamente e fiquei pensando naquele número daqui mesmo ... prefixo de perto do shopping, era alguém daquelas redondezas que estava me ligando ... enfim, que ligasse de novo.
O celular tocou de novo, e atendi, chuta quem era?
Se pensou “era o papai!”, acertou na mosca!
Conversamos um pouquinho e resumão mesmo, seu pai soltou a seguinte frase:
Tô num lugar chamado Shopping Colinas, pode conferir pelo nº que tá no display, perdi seis horas de viagem ou vc vai vir me ver?”.
Mega intimato né ?
Tremi na base, e agora, ia ou não ia ?
Claro que eu ia né, fiz uma super escova no cabelo (pq adoro meu cabelo escovado), me perfumei, fiquei mais linda do que nunca e lá fui eu.
Cheguei no shopping o quanto antes e lá estava ele no local combinado, sentado, super nervoso me esperando!

Yasmin, juro pra você que naquele momento o mundo parou, ver seu pai todo lindo pra mim foi único, o chão sumiu, as pernas tremeram, o coração parou por segundos, o rosto ficou ruborizado, não tem como explicar, como eu já disse, quando seu verdadeiro amor chegar você saberá que é ele, moldado e feito exatamente pra você, te preenchendo e completando de todas as formas.
Pensei naquele exato momento “é com ele que quero passar o restante de todos os meus dias!”.

Não teve conversa, não teve meio termo, teve um abraço que durou uma eternidade, o abraço mais macio e reconfortante que já ganhei e um beijo cheio de delicadeza, espera, ansiedade e desejo!
Depois disso, seu pai super gentil disse “você é muito mais bonita do que eu pude imaginar!” – ahhhh, o mundo poderia ter explodido naquele exato momento que eu morreria feliz!

Depois de beijos e abraços conversamos muito, fui pro hotel com ele e passamos a noite toda conversando sobre tudo que já sabíamos que iríamos conversar, mas que era mágico mesmo assim – não, no dia seguinte eu não iria trabalhar, e mesmo que fosse, iria feliz!

Mas como a vida não é festa o tempo todo, seu pai teve que ir embora, chorei litros, e senti um vazio que nunca havia sentido antes.
Tive medo de nunca mais vê-lo, e esse foi o primeiro dia que vi seu pai chorar, ele também sentiu medo de nunca mais me ver, mas mau sabíamos o que o destino havia preparado pra nós!


Capítulo 4 – A páscoa mais gostosa do mundo


Continuamos nos falando pelo MSN, trocando mensagens pelo celular o dia todo e conversando pelo telefone, mas a saudade apertava cada dia mais.
Antes o que era apenas vontade de estar junto se tornou uma necessidade para os dois, e hoje eu afirmo, namorar a distância dói, machuca e emagrece!

Era 20 de março de 2008, mamãe foi dormir na casa de uma amiga, mas queria mesmo era estar com o papai, independente se fosse aqui ou lá, o que importava era estarem juntos!
Fiquei maquinando alguma maneira de passar a páscoa com ele, até porque ele trabalharia, então não poderia vir pra cá.

Dia 21 de março acordei e a primeira coisa que me veio na cabeça foi “vou pra Petrópolis!”, falei pra amiga da mamãe – a Aline – que iria pra lá, mas que meu pai jamais deixaria que eu viajasse sozinha, ainda mais pra ver namorado que eu tinha conhecida através da internet, portanto, diria que estava indo viajar com ela e a irmã pra algum camping da vida, a Aline não contestou, e o plano infalível estava pronto!
O plano era simples, iria pra casa, arrumaria uma malinha, iria pra rodoviária, pegaria um ônibus pro Rio e depois um pra Petropolis, simples assim.
Amigas comparsas toooodas avisadas do plano, todas dando a mesma desculpa pros meus pais caso ligassem, não tinha erro.
Fui pra casa, tomei um super banho – pq seriam longas horas de viagem - arrumei uma micro-mala com 4 peças de roupa, sabonete, perfume, calcinhas, um par de sandálias fora a que estava no meu pé e só, estava eu, indo pra outro estado com uma mini mala (sim, a mamãe que sempre foi tão exagerada estava indo apenas com uma mala de mão).
Passei no caixa eletrônico e tirei todo restante do meu dinheiro do banco, que totalizavam algo próximo de trezentos reais( essa parte é importante dizer pq eu vou perder o dinheiro mais pra frente), afinal, dinheiro é aceito em todo lugar, ao contrário do cartão né...
Na minha cabeça eu tinha roupa suficiente e dinheiro suficiente pra ficar num hotel barato, veria seu pai, passaria uma páscoa feliz, conheceria uma cidade nova e voltaria pra casa, a parte que eu nem sabia onde Petrópolis ficava no mapa eu não levei em consideração, afinal, isso era apenas detalhe, e pra que me ligar em detalhes numa hora dessas né?

Liguei pro seu pai avisando que iria pra lá, ele ficou feliz, estaria me esperando quando chegasse, e estava mais ansioso que eu.

Senti um frio na barriga quando entrei no ônibus, eu estava viajando escondido – sabia que era errado, mas a sensação de proibido era tão gostosa que nem liguei.

Saí de São José dos Campos as 15:40, não sei ao certo que horas eram quando chegamos na rodoviária de Resende pra fazer uma parada, mas já estava escuro.
Eu estava tensa em estar fazendo as coisas escondida, não quis nem descer do ônibus, de repente surgiu uma vontade de tomar suco de laranja, e eu desci.
Desci, tomei meu suco, e voltando para o ônibus vi uma bomboniere, pensei com meus botões “ahh, nem comprei ovo de páscoa pra levar pro Pablo, mas levarei uns bombons!” (eu nem roupa estava levando direito e meu preocupei com ovo de páscoa, mulher é uma criatura engraçda).
Como cada bombom custava o preço de um rim no mercado negro, comprei quatro, dois pra mm, dois pra ele e só, afinal, ou eu chegava lá ou eu comprava bombons, achei melhor chegar lá só com dois bombons do que não chegar.
E aqui eu digo, foram os bombons mais caros da minha vida!
Todo dinheiro que eu tinha estava junto, ao invés de contar o dinheiro na carteira, não, eu tirei o dinheiro, coloquei em cima do balcão, dei o dinheiro referente ao pagamento dos bombons, peguei meu troco, coloquei na carteira, e fui embora.
Sabe aquele dinheiro que eu coloquei em cima do balcão? Então, aquele dinheiro ficou lá, alegrando o dono da lojinha de doces pra páscoa,mas isso eu viria a saber só mais tarde!

Continua ...

Com amour

Juu

.

19 de janeiro de 2011

Nossa história de amor ...

Daí que tô fazendo esse post por alguns motivos, primeiro deles é pra Yasmin poder ler um dia como foi que os pais dela se conheceram caso um dia eu venha a me esquecer de alguns detalhes, segundo pq isso já foi uma sugestão de post quando eu disse que ganhei meu marido pela internet, e terceiro, pq eu preciso focar em outras coisas que não sejam só a gravidez (impossível, mas tô tentando) senão eu vou surtar!
Vamos lá ?


Querida Yasmin, essa história é pra vc ...

Introdução

Era uma vez sua mãe e seu pai, um casal como outro qualquer, com a diferença de que não foram apresentados por amigos, não se conheciam desde crianças, não foram amigos amicíssimos confidentes, não se conheceram na balada, não namoraram dez anos até se casarem ... nada disso filha, nos conhecemos por esse milagre da tecnologia chamado internet, mas vamos por partes pra você entender.

Capítulo 1 – Nossa vida antes de existir o “nós”

Daí que sua mãe foi uma adolescente como outra qualquer, com rolinhos eventuais, estudiosa, bonita e que sofreu várias decepções como qualquer garota da idade dela. E aqui fica uma deixa pra você “Filha, beleza não é tudo, abre portas sim, mas não faz ninguém gostar de vc pq vc é apenas bonita. Você vai se decepcionar no amor, isso é inevitável, mas quando o verdadeiro amor surgir, aquele sublime, que faz você tremer perto da pessoa, o coração parar de bater por alguns segundos e todo seu corpo entrar em pane, você verá que as decepções nada mais foram do que uma ponte para o seu amadurecimento.”.
Tive paixõezinhas que doeram, e seu pai é dessa época Yasmin, mas nem de longe eu o via como um dia o grande amor da minha vida.

O que acontece é que seu pai sempre morou em Petrópolis lá no Rio de Janeiro, e a mamãe aqui em São José dos Campos mesmo, mass uma amiga da mamãe tinha contato com seu pai por ICQ (um dia te mostro como é ) e esse contato evoluiu pro MSN (que eu espero que ainda exista quando vc ler isso), foram anos de amizade entre eles, e um dia, já no MSN essa amiga da mamãe mandou uma foto onde haviam duas garotas – uma era ela e a outra eu.
Papai ficou encantado com a mamãe e pediu meu MSN pra essa amiga, pra que nós nos tornássemos “amigos” sabe ?
Essa amiga me avisou que ele me adicionaria e foi assim que seu pai entrou na minha vida e eu entrei na dele.
O detalhe é que eu tinha apenas 16 anos, e jamais pensei que isso tudo fosse pra frente do jeito que foi.

Conversava com seu pai sempre que podia, se ele estava online um dos dois puxava conversa, mas era vez ou outra, até pq eu preferia ficar lendo do que ficar na internet.
Seu pai não foi santo, teve os rolos dele (e diga-se de passagem – váaaaaaaarios), mas eu sabia de todos, pq ele sempre foi honesto comigo me contando, mas até ai éramos apenas amigos.

Confesso que quando ele dizia que estava namorando eu sentia uma pontinha de ciúmes, mas não deixava isso transparecer!

Detalhe disso tudo, é que sim, seu pai quando me adicionou já tinha segundas, terceiras e quartas intenções e sempre deixou isso claro, mas pensa comigo Yasmin, seu pai lá longe (galinhando horrores), eu aqui com aproximadamente 450 km de distância nos separando, acha mesmo que isso teria chance de ir pra frente? Se você pensou “Claro que não né mamãe!” pensou igualzinho sua mãe e foi assim que resolvi que nunca daria bola pra ele.

O tempo passou, conheci alguns rapazes e isso só fez com que minha tese de adolescente se confirmasse “homem num geral é tudo safado, gosta de levar a mulher na flauta, fazer ela se apaixonar, aproveitar o quanto der e depois cair fora”. Pobre papai, coloquei ele nesse balaio e o julguei como os outros.
.
Capítulo 2 - E o "nós" começa a existir

Cinco anos se passaram desde que seu pai me adicionou no MSN, foram cinco anos que ele passou fazendo investidas – ele se propunha a vir aqui me conhecer – mas eu sempre me esquivava dele, porém água mole pedra dura, tanto bate até que fura.

Decidi dar crédito à ele, afinal cinco anos né? Queria pagar pra ver onde isso ia dar.
Um dia, em janeiro de 2008, sua mãe muito da xereta estava fuçando no Orkut dele - pq filha, sempre achei seu pai bonitão, e sempre disse à ele que ele tem lindos olhos verdes – mas fiquei surpresa em ver que no Orkut dele não tinha mais foto nenhuma, nem no avatar, nem no álbum, nem em lugar nenhum!

Eu sempre resisti aos encantos do seu pai, mas gostava de ver as fotos dele, e lógico que tagarela que sou deixei um recadinho pra ele láaa no orkut mesmo.
“Ei, o que aconteceu que vc tirou as fotos daqui ??? O sucesso era tanto que ninguém te deixava em paz ?” .
Passados nem dois minutos veio a resposta:
“Claro que não, a foto estava assustando a mulherada isso sim, decidi tirar pq logo teria gente usando pra espantar mosquito de casa.”
Pra encurtar a conversa, disse pra ele colocar a foto de volta logo, que ele nunca foi feio e jamais seria, e que se morasse perto eu pegava facinho.
Joguei a isca, e ele ... mordeu‼
A partir desse dia nunca mais paramos de nos falar diária e constantemente.
Quando os computadores de casa estavam ocupados, eu ia pra lan house, e isso se tornou um hábito, todo santo dia depois do serviço estava eu na lan house conversando com seu pai.
Em dois dias começamos a nos falar por telefone, comecei a escrever cartinhas pra ele e enviar pelo correio, e assim foi até o dia que nos conhecemos.
.
.
Continua...
.
Beijos
.
Juu
...

14 de janeiro de 2011

Os sentimentos dele...

Daí que noite dessas, deitada na cama abraçadinha com o super marido, assistindo Two and a half men, me peguei pensando em como minha vida vai mudar em algumas semanas.
Legal é que quando eu começo a pensar “de verdade” nisso, eu entro em transe, é como se não estivesse ali naquele momento.
Pablo, que é muito do observador me chamou de volta pro mundo real e perguntou o que eu tava pensando que estava tão compenetrada.
Num repente soltei “Amour, vc já parou pra pensar em como nossa vida vai mudar quando a Mimi nascer?”
É até redundante dizer isso, mas muda, não teremos mais hora pra dormir, teremos que nos programar pras coisas, iremos a festinhas infantis, gastaremos mais dinheiro com fraldas do que com passeios, passaremos a ser conhecidos como pai e mãe da Yasmin e não como Julia e Pablo, e segue a lista pq é muita cosia que muda...
Ele soltou um sorrisão, daqueles que ele só solta quando alguma coisa o deixa verdadeiramente feliz e disse “Sim, penso nisso todos os dias, e não vejo a hora dela estar aqui com a gente ...”.
Ele não é muito de falar sobre o que sente, ao contrário de mim que falo pelos cotovelos o que sinto e que acho que os outros sentem também, então, fiquei quieta só ouvindo.
“uma coisa que imagino e que vai ser legal é quando ela estiver na fase de assistir repetidamente o mesmo desenho, várias vezes, e que nós teremos que assistir o desenho com ela, pq criança gosta de companhia né...”.
Achei engraçado ele pensar tão pra frente assim, e concordei, e arrematei que avós também são pra isso, até pq meus pais estão loucos na netinha que vem chegando.
Novamente fiz uma pergunta “e você tem medo de tanta mudança?”.
Sem pensar duas vezes, soltou o mesmo sorriso de antes e disse que nem um pouco, que não tem medo das mudanças que virão e que está realmente ansioso pra chegada dela.
Assunto encerrado, não precisava ouvir mais nada.
O comercial acabou e voltamos nossas atenções para o seriado, eu me aninhei no peito dele, ouvindo as batidas de seu coração, sorri, afinal, dentro de mim bate o nosso coração - metade meu, metade dele, só nosso - um coraçãozinho que não deve pesar cem gramas, mas que me faz sentir recheada por toneladas de amor.
Nesse momento simplesmente agradeci, por ter comigo alguém que partilha dos mesmos medos, anseios e felicidades que eu.
E sinceramente, não sei o que seria de mim sem ele ao meu lado.

Um bom fim de semana pra todas vocês

Beijos


Com amour

Juu

...

13 de janeiro de 2011

Momento vaidade...

Daí que uma coisa que eu nunca abri mão na vida foi de ser vaidosa, independente de estar grávida ou não.
Adoro um creme, um perfume, uma esfoliação, uma novidade!
Sou da opinião que mulher tem que se cuidar sim, não importa se é com cosmético caro ou barato, tem que se cuidar pra fazer bem pra auto-estima, se sentir sempre linda e maravilhosa!
Adoro tomar um bom banho, hidratar o corpo e me perfumar, sou do tipo que passa perfume pra dormir e se dia foi maravilhoso rola até um gloss pra que eu durma feito princesa, bobeira pra algumas, compreensível pra outras ... essa sou eu!
Mas como na vida nem tudo são rosas, e na gravidez não seria diferente, tô com um probleminha, aliás, pra uma “Maria cremosa” como eu, um problemão diga-se de passagem.
Eu não consigo me achar com perfume nenhum nesse terceiro trimestre!
Simples assim, não me encontro com perfume nenhum, todos me enjoam (enjôo mesmo), cheiro nenhum me agrada.
O máximo que consigo usar é sabonete e hidratante, e mesmo assim não pode ter cheiro muito forte, senão rola enjôo também (logo logo tô tomando banho com sabão de côco) e desodorante (pq cheirinho de cc também dá náusea né!).
Aí você pode pensar “aiii que simples, troca de perfume e de cremes né?”, e eu te respondo que já tentei, ao longo da gravidez tentei me encontrar com umas dez fragrâncias diferentes, de perfume importado a perfume nacional (pq sim, temos ótimas fábricas de perfumes nacionais).
Simplesmente não dá, sabe quando nada te satisfaz ? Tô assim, insatisfeita com TODAS as fábricas de perfume do mundo!
Interessante que se eu sentir o mesmo perfume na pele de outra pessoa eu fico delirando, achando uma delícia, o negócio é comigo.
Me sinto incompleta sem perfume, parece que falta alguma coisa, é muito estranho, em dias bons eu abro a tampinha de todos meus perfumes, cheiro um por um e dou uma borrifadinha do que me causa menos enjôo, mas é fazer isso e ter certeza que no final da tarde terei uma discreta dor de cabeça, é batata!
Enquanto isso vou levando com paciência ... e espero que depois do parto já possa voltar a usar meus perfuminhos.
Momento egoísmo ligado, eu gostaria que não fosse a única a passar por isso ...

E vocês gravidinhas e mamães, como foi ou está sendo a relação com perfumes durante a gestação?

Com amour

Juu

*O berço chegou ontem de manhã, agora é esperar montar! Tô ansiosa.
.

10 de janeiro de 2011

O berço perfeito!

Daí que guarda roupas, cômoda, carrinho, bebê conforto e demais coisas, incluindo mala de maternidade já estavam todas compradas, o que faltava mesmo era o berço.
Desde o início meu pai disse que o berço ele daria, e ele mesmo já estava entrando em pandarecos pq a neta nasce em fevereiro e não tínhamos ido ver o berço ainda!
Mas como eu e minha mãe somos muito eficientes, ao invés de fazer meu pai rodar lojas e lojas a procura do berço perfeito, há meses nós já tínhamos visitado lojas, cotado preços, e feito tudo isso que mulher faz quando quer alguma coisa, o berço já estava escolhido, só faltava meu pai ver e pagar, pq tinha que ser aquele, eu e minha mãe ficamos apaixonadas no berço, parece até que víamos a Yasmin dormindo dentro dele!
Quinta feira, após quatro tentativas frustradas de mostrar o berço pro meu pai, lá fomos nós, e por pouco não tive que escolher outro berço, de outra loja, pq meu pai e o Pablo detestaram o atendimento da loja onde o berço dos sonhos estava!
Eles simplesmente cismaram que o atendimento do vendedor era ruim (embora eu e minha mãe não tenhamos do que reclamar) e quiseram ir em outras lojas ver outros berços.
Ahhhhhh, fiquei tão decepcionada, mas lá fomos nós né, afinal, como seria presente, eu não me vi no direito de reclamar não, mesmo sendo meu pai dando o berço, não gosto de abusar das pessoas.
Sou do tipo de pessoa que mesmo não gostando do presente, faz cara de paisagem, agradece e fica tudo bem, mas eu queria mesmo era aquele berço, paciência.
Mas voltando, lá fomos nós, em outras lojas, vimos vários berços, lindos demais, mas sabe quando seu coração palpita por um em específico, então, o meu estava daquele jeito, e minha mãe numa big irritação pq ela mais que eu queria aquele berço também.
Depois de ir em umas 40 lojas diferentes, encontramos uma com um berço igualzinho, meu coração palpitou tanto que pensei que teria um colapso ali mesmo, mas quase morri do coração quando o vendedor disse o preço, era simplesmente três vezes mais do que na loja onde os bonitões cismaram que o atendimento era ruim!
Por uma questão de bom senso, eu não deixaria que meu pai pagasse o valor que eles pediram, que dava pra comprar outros dois berços com colchão anti-refluxo.
Pra resumir a história, lá voltamos nós pra primeira loja, mas os dois bonitões queriam que fossemos atendidos por outro vendedor, e assim foi.
Um outro vendedor suuuuper bonzinho e educado (na opinião da mamãe e na minha o outro era educado também, mas esse era mais) nos atendeu e fechamos negócio com ele, que foi super gentil e atencioso.
Negócio fechado, agora é esperar a entrega que deverá ser feita até o dia 13/01 e a montagem até o dia 24/01.
Aíii agora fico assim, esperando entregarem o berço no período da tarde(e rezando pra que não me acordem de manhã pra fazer a entrega, pq adooooro dormir a manhã toda) e navegando na net pq minha internet tá funfando perfeitamente agora, não é o máximo? Hahahaha

E o berço perfeito é do mesmo modelo que o da foto, igualzinho, branquinho, com as curvinhas, vira cama, acho que é o modelo americano mais comum, mas era esse que eu queria, e é ali que minha doce Yasmin dormirá como um anjinho e em segurança todos os dias!

Com amour

Juu e Yasmin
.

9 de janeiro de 2011

Olha eu aqui de novo ...

Daí que eu sumi desse mundo virtual e bloguístico por uns dias, mas como pra tudo na vida há uma explicação sólida e plausível, eu tenho a minha.
Caiu um big dum temporal aqui em São José dos Campos, digno de um dilúvio, e como choveu muito e caiu um mundo de raios deu problema na internet, graças a telefônica meu speedy simplesmente NÃO funciona, lóoogeco que o speedy do vizinho da direita e da esquerda funcionam, mas o meu não (Leis de Murph neah?), paciência, o negócio é esperar um milagre ou o técnico que tem até as 19horas de hoje pra vir aqui e arrumar a internet!

Tenho passado meu tempo ocioso de grávida barrigudíssima assistindo Dr. House, assisto até cansar, e tenho assistido tanto, tanto e tanto que essa noite sonhei que era médica da equipe dele e que por contrariá-lo ganhava uma bela duma bengalada na cabeça – uma espécie de pedala que me deixou até zonza - mas a Cuddy ficava brava com ele e ele me pedia desculpas...
Devaneios de grávida mesmo, mas pelo menos não são pesadelos com a hora do parto, tô conseguindo abstrair um pouco desse assunto, e quanto menos penso menos tensa fico, portanto, Dr House é óoooooootemo pra eu manter minha mente ocupada já que está quase tudo pronto!

Passei hoje só pra dar um alô mesmo e dizer porque estou sumida, espero que a internet volte a funcionar logo, não pensei que fosse escrava da internet, mas sou, e só não me submeto a horas a fio sentadinha numa lan house pq acho aquelas cadeiras pouco confortáveis, pq senão iria mesmo!

Um beijo a todas

Boa semaninha

Com amour

Juu e Yasmin
.

5 de janeiro de 2011

Fome monstro...

Daí que eu não tive muita fome durante a gravidez não, os desejos foram bobinhos e nada fora do alcance do marido, coisa simples, que eu mesma poderia me virar - mas que lóooogeco, pra fazer um charme (adoro fazer charme), colocava o super marido pra satisfazê-los!
Os dias se passaram e eu mau tinha fome, dava uma beslicada na comida e pronto, bastava, o que me deixava – e ainda deixa - doida eram frutas, mas minha alegria pós-refeição (fosse comida ou fruta) sempre era interrompida por algum enjôo violento seguido de vômito – welllllll como vomitei (desculpa dar esses detalhes feios).
Tudo isso me fez emagrecer uns quilinhos e nem pensar em comida durante um bom tempo da gestação.
Massss nessa reta final, a fome apareceu de um modo que tá me assustando!
A fome que ando sentindo é algo bizzarro!
Quem assistiu Monstros S/A deve se lembrar do Sulley (o bicho papão azulzão com manchinhas lilás, de chifrinhos que é um fofo e saí do armário...), então, é como se ele estivesse morando dentro do meu estômago, clamando por comida a cada duas horas.
Imagina que difícil que deve ser alimentar um bichão desses, imagina o tanto de comida que uma criatura dessas come ?
Imaginou? Pois bem, é o tanto de comida que eu tô comendo.
E deixa os talheres e o prato dando sopa por perto, capaz de comer também caso o papá demore pra sair, tamanha é a fome que sinto!
Resumo da ópera, o terceiro trimestre – pelo menos pra mim – dá uma fome danada de meter medo no peão mais esfomeado.
Tirando essa fome monstro que tô sentindo, o tempo ocioso tem me feito pensar em diversas guloseimas, e eu que não sou lá muito fã de doce tô vesga de desejo de comer trufa de nozes (a mesma que servi no meu casamento – agora pergunta, onde que vou achar a mulher que fez o raio das deliciosas trufas se eu perdi o telefone dela?) e doce de mamão verde em calda (mas tem que ser em cubinhos pequenos totalmente melados de calda).
O doce de mamão eu farei sexta feira, basta saber se vai ficar uma delícia, pq na verdade, o que eu queria mesmo é um que vem láaa do Paraná (minha vizinha trazia pra mim quando eu tinha 9 anos), então não sei se vou acertar fazer o doce do jeito que a vózinha do doce faz né ... mas vou tentar mesmo assim!
E tem os desejinhos corriqueiros, e o desta semana é salada do Creations Salad, com muito tomate seco, muito gorgonzola e molho de parmesão!
Como eu ando muito desejosa e estar muito desejosa significa comer mais e comer mais é sinônimo de ponteiro da balança subindo, me dou o direito de comer um pouco (pouco mesmo) da guloseima doce e da guloseima salgada toda sexta feira, por isso o dia da salada (que é salada, mas com tanto molho vira uma bomba gastronômica) e do doce de mamão vai ser sexta agora – e pra sexta da semana que vem eu passarei a semana toda elaborando o cardápio do dia da gula.
Pra vocês pode soar como bobeira, mas ultimamente se eu não me controlar, os quatro quilos que ganhei ao longo da gravidez vão se tornar quarenta, e como eu já engravidei acima do peso, tenho que me cuidar, senão depois que a Yasmin nascer eu vou embarangar, e isso eu realmente não quero!

E vocês flores, como está a relação grávida x peso x desejos ?

Beijos e uma boa quarta feira pra todas

Com amour

Juu
.

3 de janeiro de 2011

Marilyn Monroe barriguda ...

Daí que ao longo dos meus 23 anos de existência nunca fui de usar roupa curta, vestido curtinho nem nada disso, o máximo era um decote pra valorizar os peitões – mas assim que conheci o Pablo parei com isso, afinal, que desagradável que é todo mundo olhando pros peitos da sua namorada/esposa né ?
Aí o tempo passou, eu sempre usando saias comportadas, vestidos comportados, calças não tão justas ... até que fiquei grávida e minhas roupas ao invés de crescerem diminuíram.
Explico:
No começo, os vestidinhos tão meigos salientavam só um pouco da barrigabola, as calças não marcavam tanto “aspartes”, mas aí vocês sabem como é né?
A barrigabola cresceu, e de bolinha pequenininha que era virou uma tremenda duma Jabulani, fazendo o favor de levantar a frente dos vestidos e blusas, tornando-os curtos, e porque não dizer minis ?
Ééeeeee, sinto como se estivesse usando mini vestidos, tendo que tomar cuidado no andar, no sentar (pq a barriga não deixa cruzar as pernas direito ...).
Não gosto de usar calças, me sinto uma elefanta desengonçada colocando calça, até pq agora quando vou me vestir tenho que sentar, não dá mais pra pular dentro da calça, se pular eu caio, e caio feio!
Lógico que se eu tivesse sido uma das quatro pessoas que ganhou na mega da virada eu compraria uma infinidade de vestidos pra mim, mas além de já ter roupa demais, o difícil mesmo seria achar qualquer coisa que não ficasse mini na frente, pq junta a barriga Jabulani com os peitões, difícil a blusa ou vestido que não subam.
E assim eu sigo meus dias, dando uma de Marilyn Monroe barriguda quando bate um vento e eu sinto que pode levantar meu vestido, aliás, nem precisa bater vento não, eu que não tome cuidado pra ver se os vestidos não sobem ...
E se com sete pra quase oito meses (pq faltam 12 dias pra entrar no 8º mês) a coisa tá assim, imagina quando eu estiver com os nove meses completinhos andando igualzinha um pingüim ?
Aliás, não, não quero nem imaginar o que será de mim!
Agora pergunta se eu tô preocupada ?
Nem um pouco, a gravidez é um pacotão de coisas, e eu sabia que no meio de tanta coisa gostosa e legal iriam vir esses pequenos "desconfortos" que no fundo sempre me fazem rir!
A-DO-RO estar grávida!

E vocês meninas, como está a relação com o guarda roupa durante a gravidez ??

Beijos à todas
Juu

. .
.

2 de janeiro de 2011

O mais legal de tudo...

Daí que estar grávida é o máximo, e tudo compensa, e quando eu digo tudo, é TU-DO mesmo - desde os enjôos matinais até a emoção das ultras – mas o mais legal de tudo é notar que desde dentro da barriga o bebê já tem suas preferências, que a mistura da minha personalidade com a personalidade do homem que eu amo resultou em um serzinho com suas preferências desde já!
Digo isso porque a Yasmin tem as dela.
Já notei que ela se manifesta de modo veemente quando me deito do lado direito, ela chuta, faz ondinha, toca uma rave dentro da barriga, até eu me virar!
Já ouvi algumas mães dizerem que as mexidas mais fortes do bebê chegam a doer, pode ser que daqui um tempo comece a doer realmente, mas eu gosto quando ela fica enfezadinha e se mexendo a mil, é com se tivessem fazendo cócegas com uma pena dentro de mim,é uma sensação suave e deliciosa.
E ela faz o que quer, na hora que bem entende.
Pablo as vezes conversa com a barriga, implora pra ela mexer, alisa a barriga, implora mais um pouquinho, e quem disse que ela mexe ?
Mexe nada, fica quietinha em seu mundo aquático e quentinho, sem se manifestar!
Ela gosta de mexer independente da posição é durante a madrugada, duas horas da manhã é o horário dela, não tem pra ninguém, a barriga fica até torta de tanto que mexe.
Certa vez ouvi alguém dizer que os horários que eles tem dentro da barriga serão os horários de fora, ou seja, segundo isso, minha filha vai ser baladeira de primeira, queria ensiná-la desde já a ficar acordadinha durante o dia, mas aí acho que é querer demais né?

Dia, noite, independente, os movimentos são deliciosos e suaves, eu adoro, e sinceramente, a gravidez muda tanto a gente, que é impossível sair dela sem nenhuma alteração, sem se tornar uma pessoa melhor, hoje, dois de janeiro de 2011 posso dizer que sou uma Julia totalmente diferente e plenamente realizada graças a criatura que faz raves dentro da minha barriga e que mudou minha vida pra sempre.

Um bom domingo pra vocês

Com carinho

Juu

.
 

.De princesa encantada a rainha do lar... 2013 Desenvolvido por Frufruzando | Todos os direitos reservados, proibida qualquer tipo de cópia!