27 de fevereiro de 2011

O parto

Aviso prévio: Esse post será looooooongo!

Daí que como todo mundo já sabe meu parto foi uma cesárea e o povo tem mania de dizer que cesárea não tem emoção nenhuma por ser um procedimento cirúrgico, discordo, pra mim foi emocionante, e tudo depende do olhar que temos da situação, e pra mim foi super emocionante e jamais esquecerei de cada minuto daquela noite!

Como foi meu dia?

Acho melhor começar essa parte dizendo que passei a noite mais ansiosa que o dia, simplesmente surtei de madrugada e não conseguia dormir.
Três e meia da madrugada e eu estirada na cama com os zóiões arregalados olhando pro teto pensando na morte de bezerra, até que peguei no sono e dormi acordando somente as onze da manhã!

Chegando lá

Minha internação era pra ter sido as 18:00, mas como o trânsito aqui é meio caótico, decidimos sair antes e chegamos lá as 17:45, dei entrada na parte burocrática da internação, já colocaram uma das pulseirinhas em mim e fui encaminhada para o pré parto.
Minha mãe ficou responsável pelas malas, Pablo como iria assistir, filmar e fotografar já foi comigo pra lá também.

Passamos – aliás, eu passei - por uma mini entrevista com duas enfermeiras onde elas fizeram as perguntas relacionadas à anestesia (alergia a medicamento, se era primeiro parto...) e foram ouvir o coração da Yasmin.

A enfermeira colocou o aparelhinho na minha barriga e nada, Pablo sentado na cadeira já começou a ficar inquieto, passaram-se uns dois minutos e nada, a enfermeira revirou minha barriga, e vi que ela também começou a ficar tensa, quando Pablo ia começar a suar frio de nervoso, lá estava o coração da minha Mimi, batendo a 152, era apenas uma questão de saber posicionar o aparelho e nada mais.
E eu calma como sempre, afinal, sempre acontecia isso no consultório, só que eu não avisei o Pablo, que ficou apavorado.

O pré parto

E lá fomos nos pra tal sala do pré parto, a enfermeira deu uma camisolinha daquelas safadas onde a gente fica com a bundinha de fora, era pra tirar tudo, aliança, sutiã, calcinha, brinco, piercing, tiara e qualquer tipo de badulaque .
Tirei tudo, vesti a camisola e esperei, tiramos algumas fotos, de despedida mesmo da barriga, começamos a assistir o jogo que estava passando na TV, e dez minutos depois ela veio com um par de “sapatilhas” de pano pra eu colocar no pé.
Dali em diante eu seguiria sozinha, Pablo só entraria no Centro Obstétrico quando toda equipe já estivesse preparada e a cirurgia em andamento.

O centro obstétrico

Cheguei na sala das luzes, aquela sala gelada, com a cama em formato de cruz e ali eu vi que a coisa tava mais perto, ali tudo se tornou real, afinal de contas meu dia estava sendo meio surreal, não dava pra acreditar que em instantes eu conheceria minha filhota.

Deitei na cama em formato de cruz e a enfermeira já colocou o acesso venoso com soro, agora faltava somente a anestesia.
A anestesista não estava no hospital ainda, então o negócio era esperar, fiquei lá, viajando olhando pro teto e imaginando coisas, minha médica veio, conversou comigo um pouquinho e saiu.

A anestesia

Aí a anestesista chegou, e quando ela se apresentou eu gelei, a pessoa que ia me aplicar a anestesia estava ali, e a anestesia sempre foi um dos meus maiores medos, sempre tive a impressão que a sensação de injeção (que por si só já é uma coisa que me dá pânico!) na espinha deveria ser parecida com apertar parafusos, só que nas costas – fiquei com medo!
Ela pediu que eu me sentasse na “cama” com as pernas pra frente e me curvasse pra frente.
Achei que era sacanagem, afinal, eu com uma big barriga e ela pedindo que eu me curvasse mais pra frente, só podia ser brincadeira – mas não era.
Relaxei os ombros, relaxei o corpo (e não sei como consegui relaxar pq eu tava que era puuura tensão) e senti três picadinhas, logo em seguida tudo começou a esquentar e eu fui ficando mais mole, minha voz ficou mais baixa, e me deitaram na cama.
Tentei mexer os pés e não conseguia – e a sensação de você sentir que estão mexendo em você mas você não conseguir comandar o que acontece é muito estranha.

Cortando minha barriga

Depois disso quase não vi mais nada, colocaram um pano azul marinho na minha frente e a única coisa que eu podia fazer era ficar de olhos fechados ou olhando pra luz do teto, como eu não queria perder nada fiquei olhando pro teto, quando de repente vi que entre as luzes havia um espelho e eu comecei a acompanhar parte das coisas pelo espelho.
Vi quando colocaram o garfo pra separar minha barriga, e estava tão grogue que não me apavorei, continuei acompanhando tudo de camarote – mas a visão não era lá muito privilegiada pq não era tudo tão nítido assim!

Que cheirinho de queimado!

Eu podia estar meio dopada, mas meu nariz continuava a funcionar melhor que antes, e mais pra lá do que pra cá perguntei pra qualquer pessoa que me respondesse:
- Nossa, vocês estão sentindo um cheirinho de queimado?
Minha médica prontamente brincou:
- Claro que sim, e chuta de quem é?
Haa, me assustei em saber que eu estava cheirando churrasquinho, mas ai lembrei que o bisturi é elétrico e isso é normal mesmo – mas cheira queimado sim!

Pablo, cadê você?

Pablo entrou no C.O mas eu não notei a presença dele, como ele podia escolher o que ver e onde ficar pra acompanhar, resolveu ficar próximo a minha barriga e filmar e fotografar tudinho, timtim por timtim.
Perguntei por ele para a anestesista e em instantes ele estava do meu lado.
A presença dele ali comigo me acalmou muito, e ver que ele estava seguro me deixou mais calma ainda, ficou comigo alguns instantes e voltou pra onde estava pra ver ela nascer e não perder nada.
Afinal de contas eu pedi que ele seguisse todos os passos que dariam com a Yasmin a partir do momento que ela saísse da minha barriga, e ele voltou a postos pra perto dela!

Ela nasceu!

Notei que estavam fazendo força pra empurra-la, sentia cada vez que a empurravam, e comecei a me preocupar quando ouvi o comentário de que ela estava alta, mas de repente Pablo tira meu foco e diz:
- Amour, ela é muito cabeluda!
Pensei que fosse brincadeira, mas aí ouvi o chorinho mais doce e inesquecível de toda minha vida e a médica disse que sim, que ela é muito cabeluda e que as sobrancelhas são iguaizinhas as minhas.

Não tem emoção que descreva o que é ouvir aquele chorinho, eu que estava tão calma caí no choro – era emoção demais pro meu coração – e logo em seguida Pablo veio, me deu um beijo e me mostrou a foto dela.
Minutos depois a trouxeram pra que eu fossemos apresentadas formalmente, e foi aí que a coisa ficou fantástica.
Ela chorava a plenos pulmões, mas quando a colocaram perto de mim e conforme eu fui conversando com ela o choro iminente, progressivamente virou silêncio e foi com certeza o momento mais marcante de toda minha existência até hoje.
Isso do bebê ouvir a voz da mãe e ir parando com o choro é fantástico, é incrível, é indescritível, é animal, é irracional, é lindo, e por mais que a gente evolua, são laços primitivos que sempre permanecerão.

Minha experiência

Achei tudo simples, indolor, rápido e muito tranqüilo!
Realmente não é dolorido como fantasiei, e me senti muito bem, não tive problemas e após o banho me tornei outra.

Claro que dói um poquinho, mas é pouquinho mesmo, e a primeira vez que levantamos é estranha, e no meu caso a sensação que tive no corte é que queimava, mas não é nada insuportável, e após três dias estou muito melhor.

Eu não tenho experiência com parto normal, mas faria uma cesárea novamente caso fosse necessário.

Fora isso, estou em estado de graça, Yasmin é calma, fofa, cheirosa, linda, superou e supera a todo momento qualquer expectativa que eu tenha, e estou apaixonada por ela, a cada segundo me apaixono mais.

E por falar em me apaixonar mais, estou mais apaixonada ainda pelo Pablo.
Ele me ajuda sem eu pedir, está tão encantado com a Mimi como eu – isso se não estiver mais que eu – e a conclusão que eu cheguei é que existe marido perfeito sim, pelo menos o meu é!

Agora vocês me dão licença, que eu vou ali babar um pouquinho na minha filha que é linda demais!

Super beijo à todas e obrigada pelo carinho – vou responder os recados de pouquinho, mas responderei!

Com amour

Juu

24 de fevereiro de 2011

E com vocês, Yasmin!



Meninas, a Yasmin nasceu!

Nossa florzinha chegou ao mundo às 19:50, com 47,5cm e 3.345 kg de pura gostosura, charme e perfeição!

Ela é linda, muito mais do que esperávamos, muito além do que poderíamos imaginar, sonhar,pensar...

Ela é simplesmente apaixonante, estou apaixonada!

Estou em estado de graça!

Assim que der eu volto, e conto tudo pra vocês.

Grande beijo à todas

Juu e Yasmin


Quem está postando é a Laís – irmã da Julia – e as palavras foram escolhidas por ela, só estou repassando. Tanto a Julia como a Yasmin estão bem, correu tudo bem durante o parto e o pós.

Saindo pra maternidade

Daí que antes de mais nada eu gostaria de agradecer à todas por cada recadinho carinhoso, cada pensamento positivo, cada palavra amiga que vocês me dedicaram ontem e no decorrer da gravidez, muito obrigada mesmo!
Fiquei mais emotiva do que já sou lendo recadinhos tão carinhosos.
São 17:00, já revisei tudo, já colocamos as malas no carro, já separamos os documentos necessários, e daqui a pouco estamos saindo pra ir de encontro à nossa pequena Yasmin.

Em poucas horas serei apresentada formalmente ao grande amor da minha vida, e assim que possível volto pra contar pra vocês como foi tudo!

Um zilhão de beijos à todas

Com amour

Ju

23 de fevereiro de 2011

Nossa jornada até aqui - É amanha!

Daí que tudo começou com uma ultrassom despretensiosa, feita ao acaso, pra identificar alguma irregularidade no meu ciclo, mas na tela da sala fria e escura pulsava com muita força um mini coração que mudaria minha vida toda.
Confesso que a ficha não caiu na hora, nem depois e nem dias depois.
Eu estava abobada, era incrível ter uma vida crescendo dentro de mim e eu simplesmente não sentir, custou muito pra que eu acreditasse que havia uma vida dentro de mim, dentro da minha barriga.
Pouco a pouco a ficha caiu, e com o passar dos dias passei a me sentir grávida.

Primeiro vieram os enjôos, totalmente cruéis e violentos, e o que antes eu achava charmosinho virou um tormento, passei a me sentir realmente grávida ali, enjoando e vomitando horrores, e no fim das contas me sentia feliz, afinal de contas, era meu filho se manifestando!
Os enjôos aliados ao sono fora do normal me fizeram dormir o final do primeiro trimestre todinho, eu sentia o sono da morte – afinal de contas, sentia que ia morrer se não dormisse – o sono era necessário, e eu, como boa dorminhoca que sou, passava minhas tardes dormindo e sonhando, e ainda tinha sono pra dormir a noite toda como um passarinho!

A intensidade do xixi também aumentou, e com ela, cada ida ao banheiro era um pedido inconsciente pra que não houvesse sangue na calcinha e que o papel que me limparia saísse tão imaculado como se ainda estivesse no rolo – e assim foi, e o fantasminha do aborto retido pouco a pouco deixou de me assustar.

Ainda no primeiro trimestre, eu, como bom bichinho curioso que sou queria saber logo o sexo do bebê, dar uma identidade pro meu filho, chamá-lo desde cedo pelo nome, saber quem vinha por aí.
Confesso que no início acreditava que fosse um menino, e digo mais, não tive esse sexto sentido que as mães dizem ter, que sentia firmemente que era menino ou menina, ou mais ainda, que no começo da gestação se sentiam totalmente grávidas, eu não tive nada disso, e se dependesse dos meus sentidos, teria errado tudo, pq meus instintos estavam meio furados.

Pablo foi comigo em todas as ultras, acompanhou todos os exames sempre ao meu lado, sempre ali quietinho olhando pra tela e vendo nosso pedacinho de gente, curioso como eu, também queria saber se o bebê era um menino ou menina, mas não foi no primeiro trimestre que soubemos que quem mudaria nossas vidas era a doce Yasmin, isso, só no segundo trimestre.

E o segundo trimestre chegou, e com ele o alívio, afinal, ali eu parei de enjoar e vomitar tanto, meu sono se estabilizou, sentia disposição e a partir dali comecei a sentir o bebê mexer.

Pablo e eu descobrimos o sexo juntos, e me lembro que ele não parava de repetir “minha filha, minha filha, nossa Yasmin!” e nossa comemoração foi um super café da manhã onde me entupi de misto quente e enjoei o restante do dia! hauhauahua

Durante o segundo trimestre fizemos várias coisas, fomos a praia, saíamos sempre pros lugares que eu gosto, tomei bronca de todo mundo pq as vezes eu me esquecia que estava grávida e sentava de qualquer jeito, dormia de bruços, não descansava...
Enfim, o segundo trimestre foi a melhor fase, afinal de contas, era disposição pra tudo.

Aí chegou o terceiro trimestre pra que eu sentisse como se o primeiro trimestre tivesse voltado, tornei a enjoar e vomitar algumas vezes, a disposição já não era tanta, a barriga pesava muito, e a ansiedade tomou conta de um modo que eu nunca vi igual, ela era tão grande que chegava a ser palpável, e que agora que a hora está chegando mesmo – afinal de contas é amanhã que ela nasce - a sensação é quase surreal, é inexplicável.
Ver a barriga tomando forma e as vezes pontuda, quadrada, tremendo é a certeza que o bebe está bem, e não há nada no mundo que nos dê mais alivio do que saber que o bebê está bem!

Olhando pra trás, não consigo me lembrar com clareza de como era a vida antes da gravidez, parece que eu estive me preparando pra amanhã a minha vida toda, lógico que eu sinto falta de olhar meus pés, o ar as vezes não entra como deveria nos pulmões, o sono não é a mesma coisa, eu não tinha estrias, os enjôos não eram freqüentes, mas é como se a vida toda eu soubesse que esse momento chegaria e que eu estou a esperar por ele desde que nasci.

Pode parecer mentira, mas pra mim, durante o decorrer da gravidez eu descobri quem realmente se importa conosco, quem é amigo de verdade.
Tive algumas decepções, pessoas que eu acreditava que se importariam simplesmente não se importaram, e descobri que pessoas que eu jamais pensei que se importariam se mostraram amigas e presentes (até mais que certos parentes).

Aprendi ao longo dessa jornada a ser mais tolerante (mais ainda) com as pessoas e com certas coisas, aprendi que nunca mais vou estar sozinha – aliás, há nove meses eu não estou mais sozinha, e sei que meu coração jamais pulsará com a mesma tranquilidade de antes.

Amanhã é o dia que eu voltarei a ser somente a Julia e não mais a Julia+Yasmin.
É dolorido pensar nisso, pensar que amanhã ela virá ao mundo e que agora tudo é incerto.
Dá um aperto no coração, um nó na garganta, uma sensação estranha, que mescla tristeza, alegria, ansiedade, saudade, alívio, medo.

Eu passei meses querendo que essa hora chegasse logo, e agora que está chegando eu queria que durasse mais um pouco, só pra ter ela comigo por mais alguns momentos.
Não existe preparação pra esse encontro, não existem palavras que expressem o que é estar tão próxima á ele, as palavras somem da mente e os dedos ficam mudos, não tem livro, palestra, curso, vídeo ... não tem nada que nos prepare pra este momento.

Amanhã a verdadeira jornada começa, e alguma coisa me diz que será a jornada mais intensa da minha vida, e que depois dela, nada mais será como antes.
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Alguns esclarecimentos:

- Conversei com a minha irmã e ela postará uma foto da Yasmin amanhã assim que ela chegar do hospital (e caso não poste eu mato ela!), ou seja, amanhã mesmo vocês conhecerão minha florzinha.
Eu conversei com o Pablo também, mas ele está tão ansioso que nem vai lembrar de internet, aliás, nem sei se ele dormirá essa noite, portanto, quem fará isso por mim é a Laís, me garanto mais assim.

- Eu tô mudando o layout do blog, portanto, se você entrar e estiver tudo meio bagunçado, sou eu arrumando as coisas pro “depois”.

- Como eu me interno amanhã entre as 17 e 18 horas, amanhã eu passo aqui pra postar e avisar que estamos saindo.

- E pra não sair feia nas fotos, vou fazer a sobrancelha, as unhas e tudo mais, pra ficar livre amanhã só descansando e pensando em como vai ser!
Afinal, gordinha sim, baranga nunca!
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Vou dar uma arrumada no que falta ainda e mais tarde eu volto!

Super beijo a todas

Juu

21 de fevereiro de 2011

A amizade mais sincera! - 03 dias!

Daí que a Marie é minha super companheira, está comigo o tempo todo, sempre com as orelhinhas atentas ao menor ruído, sempre ao meu lado o dia todo, me seguindo até no banheiro.
Se vou pro banho, tenho que deixar a porta do box e do banheiro abertas pra que ela fique deitada no tapetinho ouvindo minha cantoria (pq afinal de contas, eu me sinto A cantora durante o banho), e caso eu feche a porta do box, ou suma do raio de visão dela, ela se enfeza e coloca o focinho na brecha que eu sempre deixo, como se me mandasse abri-la pra que ela tenha certeza que está tudo bem, e aí volta pro tapetinho, ficando deitadinha e quietinha lá, só ouvindo meu show.
Sim, a Marie é um amor (e eu me derreto toda ao falar dela), mas mais que um amor, ela é solidária.
Em dias que estou triste ela simplesmente deita ao meu lado e fica quietinha, prestando atenção as minhas lamúrias, se tô chorando, senta ao meu lado como um poste e fica me olhando, e se a intensidade do choro aumenta chega até a lamber minhas lágrimas, e em dias felizes – a maioria dos meus dias por sinal – me segue por todo canto como minha sombra, abanando o rabinho curto e eu adoro tê-la como companhia mais fiel.
Assim é a Marie, vai comigo em todos os lugares que ela pode entrar, assiste TV comigo e morre de ciúmes quando Pablo me beija perto dela – ela se intromete em nosso meio e não dá sossego (desconfio que ele é o grande amor da vida dela, e eu sou a vilã que não os deixa ficarem juntos).
Enfim, contrariando seu pequeno tamanho a Marie é a maior companheira que já tive, sempre presente em todos meus momentos, e agora, nesse final de gestação ela é totalmente solidária e preocupada.
Durante a madrugada levanto no mínimo cinco vezes pra fazer xixi e é incrível como ela nota e vem atrás.
Acendo a meia luz do banheiro, e basta olhar pra porta que ali está ela, com a carinha amassada de sono, mau abrindo os olhinhos, esperando que o barulho do xixi termine ou que eu diga “tá tudo bem Marie, pode ir nanar!” pra que ela se retire e volte pro paraíso canino dos sonhos!
E se levanto dez vezes, são dez vezes que seu sono é interrompido e ela vem ao meu encontro saber se estou bem, e só volta a dormir quando eu saio do banheiro.

Pra alguns ela pode ser só um cão, pra outros ela pode ser apenas uma belezinha, mas pra mim, ela é minha melhor amiga, um dos maiores tesouros que tenho e que com toda certeza tenho que cuidar tão bem quanto cuidarei da minha filha – que por sinal, chega em 03 dias!

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Hoje estou ocupando meu dia com afazeres domésticos, lavando roupa, passando, cuidando das camisas do marido, indo ao mercado comprar meus itens de higiene que levarei pro hospital, e os chocolates das lembrancinhas.
É bom me ocupar assim, afinal, com o término do horário de verão, até eu me acostumar, os dias demoram um pouco a passar!

Boa semaninha

Super beijo à todas

Juu, Yasmin e Marie – que está sentada aqui do meu lado me olhando curiosa enquanto escrevo!


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20 de fevereiro de 2011

Visitas - Prazer ou tortura ? - 04 dias

Daí que como já dito antes eu sou um bichinho anti-social mesmo, e tenho pensado muito nas visitas que iremos receber depois que a Mimi nascer.
Não sei se a palavra certa é anti-social, acho que posso usar também a palavra reservada, enfim, tenho pensado nas visitas que receberemos.

Não, não temos muitos amigos pra lotarem a casa durante as visitas, mas sei que os poucos amigos e conhecidos que temos querem conhecer a Yasmin, e como faltam apenas 04 dias pro grande dia, acho que é hora de pensar nisso sim, e mais que isso, pensar em como não aumentar o meu nível de estress com as visitas.

Antes de mais nada, de ser taxada como “a” chata, eu sei que as pessoas visitam os bebês porque querem conhecer a criaturinha fofinha que acabou de nascer, que vão por boa vontade, pra mostrarem como somos queridos, geralmente trazem alguma lembrancinha pro bebê com a maior das boas intenções, mas isso tudo não quer dizer que a visita não vá ser um martírio – e nesse caso eu tô falando de gente inconveniente que não toma prumo e não percebe que tá incomodando!

Ficarei internada até sábado, e confesso que tenho preferência por receber visitas na maternidade.
Explico:
Na maternidade eu não terei que me preocupar com almoço e jantar, em oferecer biscoitinhos e cafezinho, com a limpeza da casa, com louça na pia, com roupa pra lavar e por aí a fora , na maternidade minha preocupação é apenas cuidar de mim e da minha filhotinha, não tenho que me preocupar se as pessoas estão bem acomodadas e bem servidas.
Levando tudo isso em conta, prefiro receber as visitas na maternidade do que em casa, acho que quanto menos preocupação eu tiver no início melhor, acho até que visita em casa tinha que vir depois do primeiro mês, afinal de contas, até a mãe e o bebê se adaptarem a mudança que estão vivendo, isso leva tempo.

Na verdade eu sou infinitamente um pouco neurótica com bactérias sabe, aí as visitas chegam da rua e passaram sabe-se lá por onde, trazendo sabe-se lá qual infinidade de bactérias com elas, e querem pegar o bebê no colo, e o bebê não tem o sistema imunológico como o nosso e puff, pra pegar uma ziquizira não precisa de muito, e aí quem vai arrancar fio por fio de cabelo são os pais inexperientes de primeira viagem e não o raio da visita non sense, neh?

Fora que, tem visita que é sem noção mesmo, chega falando alto, tirando o bebê do berço, tocando o inferno na casa, e eu que sou a compostura em pessoa acho que num momento desse mando a pessoa ir enxugar gelo sem pensar duas vezes, e ainda passo por neurótica né?
Fora que, quero que todo mundo higienize corretamente as mãos sim antes de pegar a Yasmin no colo – isso se ela estiver acordada, pq ninguém vai tirar minha filha do berço se ela estiver dormindo, vai ficar ali admirando ela dormir apenas, morrendo de vontade de pegar, mas não vou deixar ninguém atrapalhar o sono dela.
Não vou colocar a Mimi numa redoma de vidro não, muito menos a manterei numa bolha como o Jimmy Bolha, mas morro de medo de infecção cruzada – que é muito mais freqüente do que imaginamos.
Deixa ela ter contato com as bactérias do pessoal de casa que já tá bom!

Sinceramente, se a visita não ligar antes perguntando se pode vir ou não eu não vou sofrer nem um pouco se não tiver nada pra oferecer pra ela, não vou descer minhas panelas pra preparar alguma coisa, vai ter que se contentar com uma xícara de café e pronto, quem tem obrigação de avisar que vem é a visita, eu não sou vidente, não tenho que adivinhar que ninguém tá vindo!
Se fulano liga perguntando se pode vir, eu posso me preparar pra visita, e ninguém vai me pegar em casa de pijama e com o cabelo desarrumado, mas se não avisar fica difícil, e o pior é que ainda é capaz de sair falando mau, que eu tô me cuidando pouco e todas essas coisas que o povo fala mesmo e a gente sabe que é verdade.

A minha sorte é que essas visitas sem noção na maioria serão de parentes, porque são poucas as pessoas de fora que freqüentam minha casa, mas espero ter muita sabedoria pra lidar com os non senses da vida viu, porque fácil eu sei que não será.
Vou engolir uns sapos aqui e ali, mas vai passar, até porque eu tenho freio na língua, mas o Pablo não tem não, e se ele ver que estão abusando da minha boa vontade ou me fazendo de tonta ele não pensa duas vezes em pedir pro povo levantar acampamento e me deixar sossegada – ele fala mesmo e não tá nem aí, e eu agradeço por ele ser assim, pq isso já me salvou de várias coisas.

E é por esses e outros infinitos motivos que sim, eu prefiro que o povo nos visite na maternidade que em casa.

Enfim, espero conseguir lidar com isso do modo mais educado e tranqüilo possível, porque fácil eu sei que não vai ser mesmo!

A cada dia que estamos mais perto do parto sinto que minha sanidade mental está indo pra mais longe ...

E vocês, como agiram ou agiriam no meu lugar? Tô sendo muito fresca, neurótica e exagerada? Melhor relaxar mais ... ?

Super beijo à todas

Boa semana

Juu e Yasmin

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19 de fevereiro de 2011

Tô com medo! - 05 dias

Daí que eu tô com medo!
Negócio é o seguinte, como minha cesárea será eletiva e eu pude escolher a data, escolhi dia 24 de fevereiro, cismei com a data, enfiei na cabeça que seria nesse dia que ela nasceria se não nascesse de PN até o dia 23 de fevereiro, pois bem, dia 24 de fevereiro minha médica só pode fazer o parto após às 19:00, ou seja, segundo instruções dela mesma, eu interno as 18:00 e entre 19:00 e 19:30 minha florzinha já vai dar as caras pro mundo (pode ser depois desse horário também né, vai saber).
Até aí tudo certo, e antes de mais nada, Pablo disse que se eu quisesse cesárea, poderia escolher o dia que fosse, a hora que fosse que ele não iria interferir, que isso sempre foi uma decisão minha já que o corpo é meu e a barriga em questão a ser cortada é a minha, portanto, eu que escolha o dia que me sinto preparada, e como já disse cismei com 24 de fevereiro.
Massssss (tudo na vida tem uma mas ou um porém, né?) o horário de visitas na maternidade onde ficarei é free, das 9 da manhã as 9 da noite, agora acompanhe meu raciocínio:

Eu interno as 18:00, o parto tá marcado pras 19:00, supondo que os horários sejam seguidos a risca, uma cesárea dura no máximo meia hora, então as 19:30 a Mimi já terá nascido, Pablo já vai ter conhecido ela porque ficará comigo no CC, enquanto eu estiver me recuperando na salinha de pós parto ela ficará no berçário e minha família a verá só por lá no dia 24, ela só vai pro quarto comigo quando eu estiver lá e depois disso ficará o tempo TODO comigo, pra sempre, forevis ... mas antes disso ficarei me recuperando na salinha de pós parto, o que pode levar de uma a duas horas, ouuuuuuuuu seja, quando eu subir pro meu quartinho pra ficar com a minha Mimi, não vai ter ninguém lá comigo porque vai ser depois das nove da noite e o horário de visitas se encerra as nove, ficarei sozinha, só eu e ela.

Ahhh, não gostei, não pensei nisso quando escolhi o dia, queria o Pablo, meus pais e minha irmã lá comigo, o que aconteceria se eu tivesse escolhido um dia de manhã.
Não tenho vergonha nenhuma de dizer que tô com medo, aí você pergunta “medo de que criaturinha?”
Sei lá, medo de ficar sozinha, medo de acontecer alguma coisa e não ter ninguém perto me observando, medo de qualquer coisa, pra ser bem sincera, essa está sendo a fase mais cagona (desculpa aí , mas não achei outra palavra) da minha vida viu.
Na verdade acho que não é medo, acho que tô é ficando maluca mesmo!

Agora não dá mais pra trocar a data, só se eu entrar em TP (e confesso que eu queria mesmo viu), aliás, tenho a sensação que tô fazendo o que todo mundo acha certo, o que é normal, mas que lá no fundo eu não tenho tanta certeza assim se é tão certo, um sentimento contraditório, esquisitinho, estranho ...
Bem que eu podia entrar em trabalho de parto viu, a Mimi podia adiantar os lados e resolver nascer antes do dia 24, acho que tô é me sentindo culpada de tirâ-la do mundinho quentinho, gostoso, e tranquilo antes da hora que ela ache ideal.

Enfim né... agora é esperar, esperar e esperar ... ô espera que não termina nunca viu!

Agora eu vou embora, pq tenho que fazer xixi de quinze em quinze minutos, já que de tão ocupada que estou notei que um único copo d’agua ou de qualquer líquido me rende cinco idas ao banheiro, e essa já é quarta!

Super beijo à todas

Bom domingo de sol

Com amour

Juu e Yasmin

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18 de fevereiro de 2011

Contagem regressiva - 06 dias!

Daí que com um acontecimento tão marcante na minha vida como o nascimento da minha primeira filha, é quase impossível não fazer uma contagem regressiva.
É engraçado isso, quando mais nova, se algum evento importante estava pra acontecer, lá ia eu pegar um papel, escrever nele quantos dias faltavam e dia após dia ir riscando um a um, pra ter todo o “controle” que eu pudesse sobre o tempo!
Dessa vez é diferente, eu não preciso de papel, eu não preciso de lembrete nenhum, é uma sensação tão estranha (estranha de verdade) que chega a ser surreal.
Muitas vezes eu paro e penso “será que realmente tem um bebê aqui dentro?” mas aí ela chuta com força – mesmo sendo a delicadeza em forma de bebê – e aí eu vejo que sim, e parece que esse chutinho tão sutil é a forma dela dizer “mamãe, eu tô aqui sim, eu sou real sim!”.
São sentimentos muito intensos, e sei que não é hora de citar isso, mas é uma experiência tão fantástica que simplesmente não tem como não se apegar, como não amar esse serzinho que a gente nunca viu o rostinho, mas que é parte essencial da nossa felicidade, não consigo imaginar como tem gente que depois de passar por um estado tão maravilhoso, possa dar o bebê, joga-lo fora ... enfim, essas tristezas que a gente infelizmente vê no jornal cotidianamente (infelizmente!).
Ela não nasceu, mas sei que sem ela minha felicidade nunca mais vai ser completa, e que eu jamais serei a mesma, que aliás, tanto eu como Pablo jamais seremos os mesmos de antes.

Em menos de uma semana haverá um bebê nos meus braços, dependendo única e exclusivamente de mim, e eu tô totalmente aérea, enrolando com o que pode ser enrolado, como se eu ainda tivesse muito tempo pra fazer as coisas – coisa que eu não tenho.
Acho que eu tô enrolando assim, pq não acreditava muito que esse momento realmente fosse chegar, agora, depois de nove meses que eu tô assimilando as coisas, e enxergando a longo prazo essa felicidade que é quase palpavél.

Eu tô com medo, e não é só medo do parto não, é medo de não dar conta do recado, se não ser uma boa mãe, de não continuar sendo boa esposa, de não dar conta do recado, de deixar a Marie de lado, de não conseguir fazer as mile uma coisas que eu faço, de não conseguir emagrecer (pq afinal, eu virei mãe e não baranga), mas o medo maior é não saber o que fazer com a Yasmin, nada prepara a gente realmente pra ser mãe, a gente pode ler quantos livros forem, conversar com quem quer que seja, assistir todos os documentários possiveis, que nada disso prepara a gente.
Acho que meu medo é normal , e anormal seria se eu fosse confiante demais me achando a última gotinha de coca cola no deserto, achasse que eu fosse tirar tudo de letra, isso deve ser medo de mãe de primeira viagem mesmo né...

Tô divagando demais, tô pensando demais, e tô chata demais, hauahauha, vou encerrar por hoje e ir fazer alguma coisa que ocupe meu tempo.

Amanhã eu prometo que posto alguma coisa mais legal.

Super beijo pra todas

Juu e Yasmin

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Vi essa roupinha aqui e siapaoxonei, como serumano maluco que sou quero a Mimi vestida de joaninha pra mim (olha eu, a cafona, neh?), alguém sabe onde acha?
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16 de fevereiro de 2011

E marcamos a data!

Daí que eu sumi, mas voltei, a margarida aqui resolveu dar o ar da graça, aliás, o Speedy resolveu funcionar!

Eu tô aérea, preparando as últimas coisas pra chegada da Yasmin, arrumando minhas coisas com calma, deixando tudo certinho pro super marido ficar em casa quando eu estiver fora, e essas coisas todas que a gente se preocupa mesmo e que não tem como fugir (ou tem?).

Hoje foi minha última consulta com a médica, ela fez o exame de toque novamente, e segundo ela o útero tá alto, o colo tá fechadíssimo e nem sinal de TP (eu sei que ela pode encaixar, descer e tudo mais duma hora pra outra, e tudo ser muito rápido, mas agora, nem sinal de dona Yasmin querer dar as caras).
No fim das contas, deixei a cesarea agendada pro dia 24/02 mesmo – quinta que vem - e confesso que tô com um super friozinho na barriga.
A data marcada quer dizer – pelo menos pra mim – que agora o negócio tá apertando mesmo e que em menos de uma semana eu terei um bebê em casa, e pasmem, tô tão aérea que com isso que fiquei pensando dia desses “o que eu vou fazer o dia todo com um nenê novinho em casa, o que se faz com um nenê novinho?” (a louca neh?).

Mas amanhã é provavél que eu tenha novidades, mas só conto se tudo der certo, e tomara que dê, aí amanhã eu venho fofocar minhas novidades com vocês!

Gente, o sentimento de que tudo está realmente próximo é muito estranho, de verdade, ou é muito estranho mesmo, ou eu tô super maluca, mas fico com a primeira opção!

E pra quem pediu foto dessa última fase da gestação, tcharammmm, eis aqui embaixo minha versão grávida de nove meses, só não reparem meu inchaço e na minha cara de sono, afinal, marido resolveu me levar pro clube as oito da manhã, ou seja, caí da cama de madrugada.



Meninas, eu peço desculpas por não responder todos os recados, mas conforme for dando tempo eu respondo um por um com muito carinho, pq adoro mesmo todas vocês.

Super beijo e até amanhã

Juu

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9 de fevereiro de 2011

Ansiedade tamanho super...

Daí que ansiedade é definida pelo dicionário como inquietude, medo, nervosismo, avidez, angústia e por aí a fora vai!
Se alguém me perguntar se estou ansiosa com a chegada da Yasmin eu diria que isso é variável.
Tem dias que eu olho pro berço e queria que ela estivesse ali dentro já, que eu pudesse conhecer seu rostinho, que eu pudesse pega-la no colo quando bem entendesse, enfim, eu gostaria que sim, que ela já estivesse do lado de cá há um bom tempo, pra eu poder mimá-la com todo meu amor!
Porém, tem dias que eu adooooro estar com ela dentro da barriga (eu adoro estar com ela todos os dias, mas tem dias que eu gosto mais, sabe?) sentindo seus chutinhos sutis (e são bem sutis mesmo), e queria que fossemos uma só pra sempre, nesses dias eu falo pra ela agüentar dentro da barriga o máximo que der, que o mundo aqui fora é bom, tem a Marie que vai ser super amiga dela, tem o amor de todos que vai cerca-la e faze-la super feliz, tem várias coisas bem legais, mas que é melhor ela esperar o quanto der em seu mundo aquático e quentinho!

Na verdade, me sinto grávida há 12 anos, parece que estou grávida desde sempre, mas agora a coisa tá apertando sabe?
Embora eu tenha engordado 4kg, meus pés incharam, eu me canso fácil fácil, não acho posição confortável pra dormir, o calor tem me enlouquecido, eu não tenho disposição nem pra cozinhar (e olha que eu amo bater panela), ficar aqui no pc dói minhas costas, ishi, a lista vai longe!

Mês a mês eu fiz uma listinha de coisas a realizar antes da Yasmin nascer, desde as compras até as coisinhas mais banais como passar fita nos sapatinhos de lã, mas não tem mais o que fazer a não ser esperar!

Já comprei tudo que tinha que comprar, já lavei todas as roupinhas e mantas e cobertores e sapatinhos e pantufas e toalhas e lençóis e todos os artigos dela.
Já desdobrei e dobrei todas as roupinhas dela, já fiz as contas de tudo que ela tem (e a menina tem mais roupas do que eu), já lavei meus pijamas, calcinhas, sutiãs, roupão, toalha de banho e rosto, e tudo que é meu pra levar pro hospital, já arrumei nossas malas (e descobri que tô levando mais coisas pra ela do que pra mim), enfim, eu já fiz tudo.

Pra não mentir, sábado levo a Marie no salão de beleza na pet shop pra ficar lindinha pra chegada da irmã – que afinal de contas pode ser a qualquer momento!

Fora isso, mais nada pra fazer, e Jeeeeesus, tô pirando!

Ando tão desocupada que já comecei a atacar os artigos de higiene pessoal da minha filha – olha que situação – na falta do que fazer eu ficava cheirando as coisinhas dela, e nessa eu usei xampuzinho, creminho pro corpo, óleos variados, lenços umidecidos (descobri que são óootemos pra retirar a maquiagem – pelo menos os da Johnson), o sabonete líquido dela já era ...
Enfim, usei as coisas dela em meus momentos de desocupação mesmo, pq sentia aquele cheirinho tão gostoso de bebê e pensava “ahhh que delícia, vou tomar um banho e passar pra ficar cheirosa assim!”, resultado foi que boa parte das coisas de higiene dela eu tive que comprar de novo, e já está tudo comprado, e não tenho mais nada pra fazer - a não ser que use tudo de novo.

Já li todos os livros que tenho em casa e os que me emprestaram pra eu passar o tempo, e o tempo não anda, não dá um passinho adiante, na verdade ele se arrasta!
Pra quem espera o tempo é um inimigo isso sim!

E pra ajudar mais ainda, hoje fui em minha penúltima consulta com a G.O, ela fez o exame de toque (exame chato pra caramba!) e disse que o colo do meu útero tá fechadinho e o útero tá alto ainda, que se for entrar em tp não vai ser já, olha que beleza!

Aí, eu, controladora que sou fico contando os segundinhos pra que dia 24/02 chegue logo pra que ela nasça né ...

Ôooo espera cruel viu, mas como não tem o que fazer mesmo, o lance é esperar, esperar e esperar!

Alguma de vocês tem alguma sugestão do que eu possa fazer sem me cansar muito?

Tenho dividido meu tempo em assistir temporadas de House M.D e dormir, então outras sugestões são bem vindas!
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Gatíssimas, eu tô postando hoje pq nos dias anteriores deu uma big chuva aqui em SJC, e tooooda vez que chove é a mesma coisa, é raio, é trovão, é muita água e é o bendito Speedy que para de funcionar, aí eu fico esperando o técnico vir e trocar o modem, fazer algum ajuste pra que a internet volte (valew telefônica)!
Obrigada pela preocupação de todas com seus recadinhos e e-mails carinhosos, vocês me deixam emotiva desse jeito!

Super beijo à todas

Juu e Yasmin – que tá demoraaaaando a chegar
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4 de fevereiro de 2011

O plano perfeito – falando sobre o parto!

Daí que certa vez eu disse que se optasse por uma cesárea eletiva diria a vocês os motivos que me levaram a isso, e acho que chegou a hora!

Estou tendo uma gestação super tranqüila, fiz o pré natal direitinho, vou em todas as consultas, fiz todos os exames necessários, li sobre todos os tipos de parto e de curiosa que sou até vídeos aterrorizantes (aterrorizantes mesmo) no youtube eu vi.
Li sobre as vertentes de parto natural e cesárea, fiquei encantada com os dois, e adoraria que minha filha nascesse naturalmente sem nenhuma “intervenção” cirúrgica, mas jamais me ôpus a entrar na faca, sempre vivi o lema “o que tiver que ser será!”, até pq não tenho pra onde correr!

Fato é, minha hora tá chegando!

Na minha cabeça eu tinha todo um plano infalível arquitetado, acompanhe:

Queria/quero entrar em trabalho de parto sim, pra sentir como é, pra ver se agüento o tranco, se achar a dor suportável porque não?
Agora, se eu não agüentar, 'bôra' pro centro cirúrgico e que passem a faca 'nimim'!
Perfeito né?


Mas acontece que tem um porém nisso tudo, e é aí que meu calo aperta bonito!
Eu sou totalmente intolerante a dor, totalmente controladora do tempo, boca aberta de tudo, chata, me abato super fácil e sou traumatizada.

Explico (a parte do traumatizada):

Em 2009 passei por um aborto retido, depois de muita confusão, medicação e uma novela de coisas, fiquei em torno de treze horas sentindo contrações fortíssimas, tremendo de dor, vomitando o que não tinha pra ser vomitado, desesperada pra que aquilo acabasse e não acabava.
Quando chamei a enfermeira pela zilhonésima vez e ela viu que além de passando mal, eu estava com a pressão baixíssima e os lábios roxos de dor (eu siparecia com um zumbi; boca roxa, pele branca, zóio arregalado, descabelada...) ela chamou a médica e eu fui medicada pra que não sentisse mais dor, e no dia seguinte passei por uma curetagem (e depois foi necessária outra, mas isso é outra história).

Eram contrações fortíssimas, lóoogeco que ali juntou a dor da perda, a dor física, o fato da bonita aqui estar fazendo força sozinha e mais uma infinidade de coisas, pra transformar os dias que fiquei internada no pesadelo que eu vivi acordada, porém, a impressão que eu tenho da dor do parto natural é a que eu vivi nessa experiência, e chamem como quiser, frescura, chatice, enfim, mas eu vi que sou intolerante a dor sim, não morri de dor, mas não gosto nem de lembrar!

Eu também não deveria pensar nesse momento que passou já que um tão feliz se aproxima, a Yasmin virá linda, saudável, toda fofa e cheia de vida pros meus braços (e se tudo der certo, cabeluda!) e qualquer dor será mínima perto da felicidade de ter minha bonequinha em meus braços, do lado de cá, eu sei disso tudo, mas pra quem viveu a experiência que eu vivi (tô falando da dor), é praticamente impossível não ficar coma pulga atrás da orelha quando se está pra parir de novo!

Mas, mesmo com toda essa explicação de cima, meu plano infalível continua, se eu entrar em trabalho de parto vejo qual é a da dor, e se der pra levar adiante e não for a mesma dor que senti, vamô que vamô!

Antes de continuar quero dizer que sim, eu sou a favor do parto natural, com todo tipo de humanização possível, e sim, eu sou super a favor da cesárea, na verdade eu sou a favor da mãe que busca informação ao longo da gravidez, acho que se há a possibilidade dela escolher o meio pelo qual o filho virá ao mundo que ela escolha oras, e ninguém tem que criticar afinal ninguém vai parir no lugar dela, ela tem que se sentir confortável com a própria escolha, já que esse é um momento super particular de cada uma e ninguém tem que julgar ninguém.

Voltando...
Por outro lado temos a cesárea como opção, e embora eu morra de medo de cirurgia (irônico né?), morra de medo de injeção (é um custo fazer exame de sangue), e morra de medo que esqueçam alguma coisa dentro de mim, eu levo em consideração a cesárea sim!

Primeiro, porque eu gosto de ter tudo sob controle, gosto sim da idéia de minha filha ter hora marcada pra nascer, com a médica que me acompanhou a gestação toda, me sentindo segura e todas essas peculiaridades.
Segundo – e o que me faz pensar mesmo em optar por ela – a presença do meu marido e da minha família comigo!
Eu não fiz a Yasmin sozinha, e assim como eu, meu marido e toda minha família estão ansiosos a espera da Yasmin (Pablo queria ela pra ontem aqui conosco).
Com uma cesárea programada, com data, hora, local e tudo mais, eu tenho a certeza que meu marido estará presente ao meu lado.
Isso não é uma exigência minha, desde o início da gravidez ele sempre disse que quer participar do parto, ele tem vontade de estar lá comigo e com a nossa bebê quando ela nascer, e a cesárea eletiva nos dará a oportunidade de ter tudo saindo conforme o planejado!
Eu não trabalho, mas ele, meus pais e minha irmã trabalham, eu não quero entrar em tp e estar sozinha em casa, sem poder ligar pra ninguém e ter que pedir socorro por vizinho me levar pra maternidade e ter minha filha sozinha. Lembrando que o trabalho de parto pode ser demorado como pode ser rápido, e o que me garante que o meu não pode ser rápido e eu estar sem ninguém lá comigo ?
Pablo tem responsabilidades e não pode sair correndo no meio do expediente pra vir me acudir ao menor sinal de dor (embora eu saiba que se ligar pra ele falando que tô espirrando ele chuta o balde e vem sim!), é triste mas é fato, portanto, se eu tenho a possibilidade de escolher como será, pq não ?

E é pensando em tudo isso que eu levei a cesárea em conta.
Sei que tem a dor do pós operatório, que é uma cirurgia, que tem uma novela de coisas e um rosário contra a tal da cesárea, mas estou consciente de tudo isso, e levando tudo isso em conta tomei minha decisão.

Completo quarenta semanas dia 23/02, se a Yasmin não nascer até 23/02, dia 24/02 ela virá ao mundo por meio de uma cesárea totalmente eletiva às 19:00 que é o horário que minha médica poderá fazer nosso parto!

Com quarenta semanas ela estará prontinha pra vir, e mesmo com a diferença de nove dias da ultra ela não sairá prejudicada de modo nenhum (longe de mim prejudicar minha filha).

Dia 24/02 meu marido estará presente conosco no horário marcado, meus pais e minha irmã também, poderei programar as visitas, avisar quem eu quero que vá lá nos ver, fazer a unha, cabelo, sobrancelha e tudo que eu tenho direito (pq eu sou vaidosa sim, e quero sair gatíssima nas fotos!) enfim, eu terei tudo sob controle como sempre gostei!

Se antes disso entrar em tp, sozinha ou não, vou pro hospital e vejo como é, mas não vou extrapolar dia 24/02.

E é essa minha decisão final sobre o parto da Yasmin.

Sei que existem aqui meninas que defendem o parto natural e meninas que são totalmente cesaristas, eu continuo em cima do muro e esperando apenas que tudo pra mim se resolva da melhor maneira possível.

Enquanto isso, aguardo contrações ou qualquer sinal que possa me levar pro hospital, ou mesmo sem dor, dia 24 vou feliz da vida, num encontro marcado conhecer o grande amor da minha vida!

Super beijo a todas

Bom fim de semana

Juu
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2 de fevereiro de 2011

Mimos do enxoval!

Daí que eu fiquei de fazer um post com as coisinhas do enxoval da Yasmin que eu mais adoro, eu adoro o enxoval todo, mas tem umas pecinhas que são xodó sabe? E são essas aqui:

- Vestidinho de corações, tamanho super mini que a tia Laís deu pra Yasmin assim que soube “nosso” bebê é uma menininha! -

- Super tênis que ganhamos de uma amiga querida, Sílvia, que também está grávida.
Adoro ficar olhando pra esse par de mini tênis e imaginar os pezinhos da Yasmin ali dentro, recheando um sapatinho tão fofo! -



- Casaquinho que a vovó Sandra (minha mãe) fez pra Yasmin com muito carinho, tão pequenininho que parece roupinha de boneca! -


- Novamente a tia Laís, ela sabe que eu adoro joaninhas, borboletinhas e tudo que tem asas, e apareceu com esse body de frente e verso que é um dos meus favoritos! -

- Esse conjuntinho é especial, foi o vovô Michaele que escolheu, fala aí, meu pai tem bom gosto né?
Botão com glitter, florzinhas e strass de roupa, tô doida para ver a Yasmin recheando essa roupinha! -


- Quando vi esse cobertor/manta fiquei encantada, não existe nada mais macio e fofinho no mundo, é de microfibra, e tem em versão de adulto, nem tô doida querendo um né? -

- Esse aqui é um dos meus favoritos, conjuntinho de touca, mantinha de soft e pantufinhas de patinhas, foi amor a primeira vista e meus pais trouxeram pra ela! -

- Eu já disse que adoro as coisinhas que tem asas, esse aqui a Yasmin ganhou da Nana, e chegou no mesmo dia que soubemos que ela é uma menininha, adorei, e ele reza, guardei pra não ficar apertando a barriguinha a todo momento senão vai acabar a bateria! -

- Primeira necessarie da Yasmin, que ganhamos da Lica, e que já vai pra maternidade com o pentinho e escovinha de cabelo dela! -
- Saquinhos pra colocar as roupinhas dela pra levar pra maternidade que eu mesma fiz! -

- E enfim, a malinha da Yasmin, prontinha pra irmos pra maternidade ao primeiro sinal! -

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Eu adoro fotografia, pena que sou um tanto quanto Ciclope pra tirar fotos a noite, então, desconsiderem a escuridão que habita o redor das fotos.

Beijos à todas

Com carinho

Juu
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