22 de setembro de 2010

Maternidade é renúncia ...


... e se não for permanente, no mínimo é temporária ‼


Explico:

Daí que na minha cabeça terminar meu curso seria mega fácil.
As coisas funcionariam exatamente assim:
Em janeiro eu com um mega barrigão entraria de licença maternidade pq não iria conseguir ir pro estágio (já que o retorno do ano que vem é dia 26/01 e diretão pro estágio), iria juntar a licença com as férias de julho, e ficaria seis meses longe da escola.
Pra não perder o pique, mais simples ainda, não iria assistir aula, mas toda sexta feira iria até a escola pegar o conteúdo e estudaria em casa, nesse período de afastamento iria pra escola só em dia de prova pra poder fazê-las e voltava feliz e contente pra casa rapidinho pra ficar com o filhote.
Isso na minha cabeça.
Mas em julho voltando às aulas e pra correria habitual de sempre, também voltamos com estágio, saindo às seis e meia da manhã de casa, e chegando aqui em torno das três e meia da tarde.
Fazendo as contas isso dá nove horas fora de casa, isso na melhor das possibilidades.
E uma colega de curso me perguntou sem rodeios se eu terei coragem de deixar um bebezinho de seis meses em casa, com quem quer que seja da minha confiança – Pablo, minha mãe, minha irmã, meu pai e ficar quase dez horas fora de casa.
Eu que tenho resposta na ponta da língua pra tudo fiquei sem saber o que falar.
E ela tem razão, um bebezinho de seis meses é dependente da mãe, e mãe é mãe, ninguém substitui isso, tem amamentação, tem diversas coisas que só eu posso fazer por ele. Tá certo que outras pessoas podem fazer algumas das coisas (não tão bem quanto eu, pretenciosa?) , e eu confio de olhos fechados nos meus pais, marido, e na minha irmã, mas dez horas fora de casa é mais da metade do dia de um bebê, ou seja perderei mais da metade do dia do meu filho, e não quero vê-lo só a dormir, quero ser uma mommy participativa, quero que ele sinta minha presença e que o porto seguro dele está por perto a todo momento (ou pelo menos até ele saber desvincular que eu sou uma pessoa e ele é outra).
E ai que falei com o Pablo ontem de noite que eu não tinha pensado por esse prisma ainda, da dependência do bebê, da minha presença com ele e tudo mais.
E ele disse que já estava pensando nisso, sabe que eu quero muito me formar, mas que seriamente quer cortar meu curso ano que vem, quer que eu fique pelo menos até o primeiro ano do pequeno ou da pequena cuidando dele ou dela.
Não concordei nem discordei, fiquei quieta, e acho que no fim das contas vai ser isso mesmo, fico um ano em casa e depois volto em 2012.
Mas esse assunto tá me deixando com a pulguinha atrás da orelha.
Até pq uma hora terei que voltar a trabalhar – mesmo detestando trabalhar, tenho que ajudar com as despesas do lar, com os gastos e tudo mais, e uma hora ou outra vou ter que me separar do meu filhote, as vezes acho que a separação é mais doída pra mãe do que pro filho, mas acho que um bebê de seis meses sente falta sim.
Sinceramente, não faço a mínima idéia da decisão que irei tomar, se vou trancar o curso até 2012, se vou quebrar o pau com o marido (pq sei que vamos acabar discutindo se eu disser que pretendo deixar o bebê em casa pra estudar, independente das condições), não sei.
A única certeza que tenho é que mãe tem que participar da vida do filho sim‼ A maternidade foi uma coisa que eu escolhi, e desde o princípio sabia que não seria fácil, que teria que fazer escolhas, adiaria alguns sonhos em prol desse que é o maior.
Não sei se é pelo exemplo que tive em casa, mas minha mãe quando decidiu ter a minha pessoa e minha irmã, simplesmente parou tudo pra cuidar da gente, pra se dedicar, ela foi mãe em tempo integral, sem descanso, 25 horas por dia, TODOS os dias de nossas vidas, e vendo o que sou e o que minha irmã é, tenho certeza que foi a melhor escolha que ela fez.
Sempre esteve presente em tudo, desde o primeiro sorriso até meu casamento - não perdendo nenhum momento de nada (andar de bicicleta sem rodinhas, parar de tomar leite na mamadeira, formaturas do jardim de infância, queda do primeiro dente ...).
Não me atrevo a dizer que serei uma mãe melhor que ela ou pior, mas ela é meu espelho, e quero ser tão boa pro meu filho como ela foi e é comigo e com a minha irmã.
Ahhh, e não tiro o mérito do meu pai também (vai que ele lê isso aqui né ?), meu pai foi um super pai, literalmente o meu herói em todos os sentidos, e ainda é ‼
É é com tudo isso na cabeça que eu fico matutando ...
Procuro não pensar nisso e sofrer por antecedência, vou deixar o barco correr e em janeiro eu decido, mas sim, no fim das contas acho que vou trancar.
Sou uma grávida que tem mais perguntas do que respostas ...
Como eu adoraria ter respostas pra todas minhas dúvidas viu ...

E enquanto isso, sigo pensando ‼

Beijos

Mamãe Jú

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12 comentários:

  1. Dificil palpitar nesse post flor, não faço ideia do que vc tem que fazer. Eu acho que eu iria preferir trancar a facu e cuidar do bebê, mas como eu disse, so acho. Quem sabe se vc tentar seguir os seus planos iniciais não da certo?? Se vc perceber que a coisa ta muito dificil vc para.
    Tem que pensar com carinho pra não ficar frustada tbm neh?
    beijos

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  2. Oi Júlia...

    Ah...nisso eu posso palpitar!!!rsrsr

    Esse assunto é mt varável amiga, vai de cada uma de nós.
    Eu não p´lanejei engravidar...simplesmente engravidei!!!( fácil assim!!!Quem dera que hj a coisa se repetisse!!rs)Não estava casada, fazia faculdade de manhã e trabalhava de tarde. Casei e passe a morar em um bairro que fica ha mais ou menos uma hora da facul...enquanto estava grávida fui segurando as pontas até a última semana de gestação...então o Davi nasceu, entrei de licença maternidade que naquela época era de apenas 4 meses...Infelizmente eu não tinha a opção parar de trabalhar...meu salário era necessario para que somado c/ o do marido vivêssemos traquilamente...então tive que voltar!!!!Qd entrei no terceiro m~es de licença, já imaginando que teria mais só um mês para ficar integralmente com meu filho contratei uma babá...então fui acompanhando junto com ela a interação entre eles...fazendo o "desmame" gradual para que ele não sofresse com a minha ausencia...fiz tudo planejadinho junto com a pediatra dele!!!
    Voltei a trabalhar de coração apertado, pq queria ficar pra sempre só cuidando dele...mas ví que deu tudo certinho!!!!Eele teve tempo de se adequar a nova rotina sem mami ainda comigo e eu olhando tudo de pertinho...
    Saía de casa 7 hs da manhã e chegava tipo 6:30 da tarde...quase 12 hs fora de casa.Mas eu não tinha outra opção...e assim foi...Terminei meu curso...fui compensando qd não podia ir...enfim...E acho que talvez eu não teria sido melhor ou pior se tivesse ficado apenas em casa...O fato de me formar era importante para que subisse de cargo e de $$...então...no fim deu tudo certinho!!!!
    Mas sempre é um caso a se pensar, ainda mais qd ainda estamos grávidas...pq se tem tempo para amadurecer as idéias!!!

    Espero ter te ajudado!

    BJS!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Oi minha florzinha?

    Júlia vou contar minha experiencia qdo comecei as aulas teóricas faltava uma semana p/ o Pedro completar seis meses... p/ mim foi extremamente dificil, deixei ele por 10 dias das 7 horas da manhã até o meio dia... no primeiro dia eu quase não prestei atenção na aula era Pedro 100% na minha cabeça, ligava de hora em hora... mas como no primeiro dia já percebi como ele estava sendo bem cuidado, relaxei um pouco, mas a saudade só aumentava a cada dia, eu sentia saudade de tudooooo do pézinho gordo, da barriguinha, de trocar fralda, de dar papinha... enfim saudade do meu filho... Ele ficava super bem cuidado porém não comia absolutamente nada com ela... depois desses 10 dias ele tava bem magrinho... Então minha decisão foi enquanto ter meus filhos pequenos me dedicarei em tempo integral a eles, claroque a "nossa" graninha conquistada com nosso suor faz falta, mas isso dá p/ gente correr atras depois....

    Beijão

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  5. Obs: fui eu que apaguei a de cima, foi duas vezes!

    Beijo

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  6. Oi Ju, dificil opinar, quando a minha opinião é "tranque o curso, veja depois" você é diferente de mim e é isso que faz o mundo ser gostoso de viver, mas eu acho que seus planos de parar o primeiro semestre pra voltar no segundo parece funcionar. O bebê com 6 meses já é um serzinho menos trabalhoso, dorme melhor, já tem uma rotininha masi estabelecida e na minha opinião, quanto antes vocês se separarem melhor pros dois. Claro que no meu caso não é comparação, mas a Bia sempre foi pra casa da vovó uma vez por semana desde seus 4 meses e hoje em dia dorme em qualquer lugar, desde que tenha alguém que ela confie por perto. Você é abençoada de ter todo o suporte da sua família e aproveita eles ao máximo (claro que dentro da disponibilidade deles). Minha escolha é a de me entregar somente aos meus filhos, mas eu posso ficar sem trabalhar pra cuidar deles, se esse for o seu caso, pare uns 2 anos e depois volte pra sua vida. Acho que te atrapalhei mais ainda né? Nosso lema aqui é "no final tudo dá certo". Beijos

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  7. Amiga, é difícil, eu sei... mas acho que td tem que ser pensado com calma... se estivesse em seu lugar (aliás, estaria se não tivesse abortado ano passado), acho que eu não trancaria a facul.Por mais difícil que seja, o fato é que, depois que a gente pára, é difíiicil voltar (falo por experiência própria - parei 2 faculs antes de fazer essa que - finalmente - estou terminando).. Mas isso eu digo pra que vc pense só mais um pouquinho. Pense com calma, vc ainda tem um tempinho. Ponha tudo na balança e veja o que será melhor pra vcs. Vou torcer para que no fim, tudo dê certo. Bjsss.

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  8. Oi, Ju!
    Acho que essa é uma escolha muito pessoal. Minha mãe, sempre teve o trabalho dela. Isso não impediu dela ser menos mãe, menos participativa. Ela sempre esteve presente nas minhas lições de casa, reuniões pedagógicas. Levava eu e meu irmão ao parque para andar de bicicleta ou patins. Eu ia a museus, livrarias, cinema e teatro. Lembro de ler no colo dela e da leitura ao pé da cama. Acredito que uma coisa nao anule outra. Concordo que passar 10 horas fora de casa não é fácil. E talvez vc consiga conciliar e chegar a um meio termo. Não sei vc, mas eu curto ter meu dinheiro. Não precisar ficar pedindo ao meu marido grana para isso ou aquilo. Quando quero algo, vou lá e compro. Conversamos quando é algo mais caro, apenas por conta de um planejamento familiar. Acho importante a mulher ter essas autonomias. Pense com calma, mas acredito que uma coisa não deva substituir a outra...
    Beijosss

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  9. Amiga,

    Atualmente eu faço faculdade, estou no primeiro período. Eis que, paralelamente a isso, estou com 30 anos e já está na hora de repensar na maternidade. Porém, conciliar estudos e filho realmente é algo que necessita "um quê" de malabarista né? Também me pego nas mesmas dúvidas que vc...
    Mas o que te digo é o seguinte, tudo na vida se ajeita, não se sinta mal em trancar a facul e voltar depois, ou até mesmo de tentar fazer conforme seu plano. Teste suas opções e fique tranquila, o melhor com toda certeza irá te acontecer.

    Fica com Deus.
    bzo
    e bzo pro bebe ♥

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  10. Amiga,

    Maternidade é sim renúncia, estou até escrevendo um post sobre isso. E prepare-se...as maiores e principais vem depois que o baby chega ao mundo, mas td em prol do amor maior do mundo.

    Bjao

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  11. Oi linda, eu tbm parei tudo, pra cuidar da Duda, pensei que isso é o melhor pra ela e mijoguei no termo creuza-mãe-mulherdolar, to adorando, as vezes bate uma tristeza, um sentimento de inutilidade, mas tudo pelo bem deles...
    Tem selinho pra ti no blog.
    bjos

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  12. Julia, seu blog é lindo, muito delicado.
    Parabéns pela gravidez.
    Estou começando agora na caminhada das tentantes e meu período fertil começa dia 27/09. Pareci de tomar o ac dia 11/09. E estou na expectativa e tentando não ficar ansiosa. Coisa quase IMPOSSIVEL, mas Deus é PAI e não ira me desemparar. Alias não irá desemparar todas nós.
    Beijos no seu coração.
    Visite meu blog, é novinho, acabou de sair do forno.
    http://desejandosermamae.blogspot.com/

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